Crusoé: “Nada se compara com o volume de doações desta enchente”
O diretor-geral e cofundador do Vakinha, Luiz Felipe Gheller, afirma que o fato de a empresa estar em Porto Alegre ajudou no direcionamento dos fundos
O site de levantamento de fundos gaúcho Vakinha arrecadou, em uma única campanha para ajudar as vítimas das enchentes (foto) do Rio Grande do Sul, 73 milhões de reais. Até então, o máximo que uma campanha tinha conseguido arrecadar era 3,2 milhões de reais, para ajudar as pessoas em outra enchente, no ano passado.
Crusoé conversou com o diretor-geral e cofundador do Vakinha, Luiz Felipe Gheller.
O Vakinha já arrecadou 73 milhões de reais em uma campanha para ajudar as vítimas do Rio Grande do Sul (acesse aqui para conhecer mais). É a maior campanha de vocês?
Nada se compara com o volume de doações desta enchente. A gente já tinha realizado campanhas para outras calamidades. Em setembro do ano passado, nós fizemos uma para ajudar principalmente as pessoas do interior e arrecadamos 3,2 milhões de reais. Mas estas enchentes de agora foram sem precedentes. E a campanha também. Por dia, normalmente, cerca de 3 mil pessoas abrem “vaquinhas” no site. Com as inundações o número subiu para 4,5 mil. Em breve, acreditamos que serão principalmente as famílias afetadas que estarão abrindo campanhas para poderem reconstruir suas casas.
O fato de a empresa ter sua sede em Porto Alegre fez alguma diferença?
De um lado, fomos diretamente afetados. Nosso escritório fica no 15º de um prédio, próximo ao rio Guaíba, e está inacessível. Uma parte do lobby e das garagens ficou completamente inundado. Alguns funcionários tiveram suas casas destruídas. Outros precisaram mudar de lugar ou têm familiares que foram afetados. Eu precisei ir para o litoral, para conseguir acessar a internet. Agora, alguns funcionários estão ajudando na limpeza das casas ou estão fazendo alguma coisa nos abrigos. Por outro lado, o fato de estarmos no Rio Grande do Sul permitiu que a gente fosse muito rápido na distribuição de recursos.
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