Crusoé: governo impõe sigilo sobre carta de Lula ao ditador Putin
Justificativa oficial para o sigilo é a proteção da "vida privada e da intimidade" de Lula, categorizando a correspondência como pessoal
O governo Lula impôs sigilo a uma carta enviada pelo petista ao autocrata da Rússia, Vladimir Putin.
A informação é do Estadão, publicada nesta sexta-feira, 26 de abril.
A carta foi enviada em março, após à reeleição de Putin, em pleito marcado por fraude.
A justificativa oficial para o sigilo é a proteção da “vida privada e da intimidade” de Lula, categorizando a correspondência como pessoal.
Celso Amorim
O assessor especial da Presidência e chanceler de fato Celso Amorim (foto) foi até São Petersburgo, na Rússia, para apoiar o ditador Vladimir Putin, que em 2022 ordenou a invasão da Ucrânia.
Na quarta-feira, 24, da reunião do Conselho de Segurança Russo, que contou com uma participação por vídeo do ditador Putin. Apenas países aliados com a Rússia participaram.
“Nós estamos experimentando a emergência de fatos perigosos que estão interligados: terrorismo, violação do direito internacional, o uso de armas proibidas, sanções unilaterais e o uso crescente de novas tecnologias para propósitos ilícitos“, disse Amorim.
Ora, quem violou o direito internacional foi a Rússia, ao invadir a Ucrânia. Ao ir até São Petersburgo para participar de uma conferência de segurança, organizada pelo Kremlin, o sinal que Amorim envia é exatamente o oposto do discurso que ele prega, pois ele está apoiando o governante que cometeu essa violação.
Quando condena as “sanções unilaterais“, Amorim também fica ao lado de Putin, pois essa foi a principal maneira de o Ocidente punir o ditador que iniciou a guerra. Além disso, as sanções buscam enfraquecer a máquina de guerra russa.
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“Nós também estamos vendo o retorno de um sistema de segurança baseado em alianças militares que, no passado, levaram à guerra“, afirmou.
Ao invadir a Rússia sem propósito algum em 2022, Putin não consultou ninguém. Dizer, portanto, que o problema do mundo são as alianças militares é ignorar o fato mais importante na área de segurança dos últimos dez anos.
“Amorim aparentemente se esqueceu de mencionar que a Rússia não precisou de nenhuma aliança para fazer a guerra no presente, e ainda o faz“, diz o embaixador Paulo Roberto de Almeida. “Mas ele só pode estar se referindo à Otan.”
Quando…
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