Crusoé: Enchentes no RS afundam arrecadação de ICMS do estado
Rio Grande do Sul estimava o recolhimento de 3,89 bilhões em receitas de ICMS até o final do mês. No final, conseguiu recolher 3,18 bilhões
O estado do Rio Grande do Sul viu as receitas de ICMS, sua principal fonte de arrecadação, caírem 17% em maio, na comparação com abril. O recuo de 710 milhões de reais é impacto direto das chuvas que deixaram o estado debaixo d’água durante grande parte do mês, paralisando parte sensível da atividade econômica do estado.
O estado estimava o recolhimento de 3,89 bilhões em receitas de ICMS até o final do mês. No final, conseguiu recolher 3,18 bilhões de reais.
Os dados mostram como as mudanças climáticas — e seus efeitos extremos— podem afetar gravemente a economia de um local. A tempestade que varreu o RS colocou em calamidade 49% das 278 mil pessoas jurídicas que contribuem no estado. Mais de dois terços da arrecadação gaúcha ficaram comprometidas por enchentes e alagamentos, avaliam os técnicos.
No momento mais agudo da crise, no início de maio, a arrecadação alcançou o pior nível registrado: ela estava 58% abaixo do mesmo período registrado no mês anterior.
Na comparação ano a ano, por setor econômico, o maior impacto ocorreu nos setores de insumos agropecuários (-47,1%), metalmecânico (-35,7%) e pneumáticos e borrachas (-34,5%). Apenas no setor de tabaco viu crescimento da arrecadação, em 4.9% na relação com o mesmo período de maio de 2023.
O prejuízo avaliado pelas cidades gaúchas com a chuva chegou a 11 bilhões de reais, segundo os prefeitos do estado. O mais afetado é o setor habitacional, totalizando um prejuízo de R$ 4,6 bilhões segundo os prefeitos. No levantamento da CNM, aproximadamente 109,7 mil casas foram danificadas ou destruídas.
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