Crusoé: brigar com Israel pode ser péssimo negócio para a FAB
Parte relevante dos componentes utilizados nos aviões brasileiros da Embraer são feitos por empresas de Israel
As falas de Lula comparando as mortes em Gaza ao Holocausto já geraram dor de cabeça e dano político suficiente para o governo brasileiro. O petista agora enfrenta um pedido de impeachment no Congresso por causa da fala, assim como reprimendas diplomáticas do governo de Benjamin Netanyahu e até mesmo tiradinhas nas rede sociais de Israel. Um dos setores que mais pode sofrer com uma disputa do tipo, no entanto, é o militar.
Isso porque parte relevante dos componentes utilizados nos aviões brasileiros da Embraer — e que permitem que estes equipamentos decolem — são feitos por empresas israelenses. Segundo informações do portal AeroIn, o principal elo desta corrente está na AEL Sistemas, que tem 25% da participação na Embraer e fornece a parte de eletrônica das aeronaves como o moderno cargueiro KC-390 (foto).
A AEL é uma subsidiária da Elbit Systems, empresa israelense que é uma das líderes globais no setor de defesa. A empresa tem a liderança, por exemplo, na produção de veículos aéreos não-tripulados (VANTs), como são conhecidos os drones militares. Todos os equipamentos militares em uso no Brasil são de procedência israelense e estariam sujeitos à sanções como falta de peças de reposição em caso de escalada nas tensões diplomáticas.
A Colômbia já passa por esse problema, de uma maneira bem mais grave: após falas do presidente Gustavo Petro definindo a ação de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio”, o governo de Tel Aviv cortou as exportações militares a Bogotá.
Acontece que toda a frota de combate aérea colombiana é de aviões supersônicos Kfir, de fabricação israelense. As aeronaves têm mísseis e bombas guiadas de origem israelenses, assim como os armamentos nos helicópteros da força aérea colombiana. Mesmo os jipes e canhões de autopropulsão a serviço do Exército da Colômbia correm o risco de ficar sem peças de troca.
E a Colômbia, vale…
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