Crusoé: assessora do BNDES, de férias em Caracas, defende os empréstimos para a Venezuela
Crusoé noticiou que assessora de Aloizio Mercadante, no BNDES, está na Venezuela; ela reconheceu e afirmou que passa férias no país
A assessora da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) Juliane Furno (à esquerda na foto, com o presidente do banco, Aloizio Mercadante) defendeu nesta quarta, 24, na rede social X os empréstimos feitos pelo banco para a Venezuela.
“Por um instrumento que se chama Fundo Garantidor, então o BNDES não tem o que cobrar dos Venezuelos (sic). No agregados (sic) das relações comerciais somos, inclusive, superavitarios (sic) com eles“, publicou Juliane no X.
A mensagem foi publicada perto das 3 horas da tade desta quarta, 24. Menos de uma hora depois, tinha sido apagada do X. Mas o print é eterno:
O site BNDES Aberto responde uma pergunta se houve inadimplementos nos pagamentos dos países. “Sim. Surgiram inadimplementos nos pagamentos de Venezuela (US$ 780 milhões), Moçambique (US$ 122 milhões) e Cuba (US$ 297 milhões), em um valor total de US$ 1,2 bilhão acumulado até março de 2024. Outros US$ 431 milhões estão por vencer desses países”, diz o site do banco.
Não há dúvida, portando, que o BNDES sofreu um calote.
Em junho de 2023, Lula disse em entrevista para a Rádio Gaúcha que Cuba e Venezuela pagariam a dívida com o BNDES.
“Conversei com o Maduro. Falei que é preciso começar a acertar o pagamento da dívida, e ele vai acertar. E Cuba vai acertar, porque são todos bons pagadores“, disse Lula. “É verdade que a Venezuela não pagou. Mas o governo brasileiro fechou as portas (no governo de Jair Bolsonaro). Foram quatro anos sem relação.“
Em relação ao Fundo Garantidor,
a explicação sobre quem paga a conta está no site do BNDES: “Se o país deixa de honrar seu compromisso, o BNDES aciona seguro lastreado pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), garantidor de todos os financiamentos do Banco à exportação. Nesse momento, de fato, os recursos saem do Tesouro, mas eles não vêm dos impostos pagos pela população. Isso porque, como todo seguro, o FGE cobra prêmios do responsável pelo pagamento do empréstimo, proporcionais ao risco incorrido. Caso haja inadimplência, indeniza o financiador (o BNDES) e busca recuperar o valor em atraso“.
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