Crise à mineira: racha petista entre Rogério Correia e Reginaldo Lopes
O deputado petista Rogério Correia 'abriu fogo' contra o colega de bancada Reginaldo Lopes, o acusando de liderar o 'PT de Centro'
A derrota do deputado federal Rogério Correia na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte mal esfriou, e ele já subiu o tom contra seu colega de bancada Reginaldo Lopes, escancarando um racha no PT mineiro.
Lopes apoiou o prefeito Fuad Noman (PSD) contra Correia desde o primeiro turno. Agora, Correia assinou texto publicado na internet chamando Lopes de “atrevido” e zombando da sua tentativa de ser o líder de um suposto ‘PT de centro’.
Correia ainda acusou Lopes de ter caído no papo do “mercado” defendendo cortes em áreas sensíveis como saúde e educação.
“Não está com esta bola toda“
Correia alfinetou: “E anda atrevido e como se sente empoderado, exige unidade de todos os ministros em torno do arrocho fiscal. Ainda bem que dentro do PT ele não está com esta bola toda e penso que nem dentro do governo.”
Para Correira, seu colega de bancada recebe o ‘apoio da mídia‘, que em sua avaliação, é ‘golpista’.
“À medida que ele ganha espaço na mídia, não mais golpista certamente, e recebe aplausos, por sua conduta consequente e responsável, da FIEMG, FIESP e da fina flor do empresariado , ele vai se soltando”, ironizou mais uma vez.
PT mineiro ao centro?
Antes das eleições, Lopes já tentava levar o PT para o lado de Fuad Noman. Com a negativa do partido, ele preferiu que outros nomes fossem indicados para a candidatura própria, como a ministra Macaé Evaristo ou a deputada estadual Beatriz Cerqueira.
Na prática, a ala de Lopes quer alinhar o PT mineiro com o centro, sonhando até com uma composição para 2026 que inclua Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e filiado ao PSD, no palanque
Enquanto isso, a ala “raiz” do partido segue com um olho crítico na cena. Beatriz Cerqueira, Macaé Evaristo e até a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, são nomes ventilados entre aqueles que querem manter o partido com uma identidade mais à esquerda. Marília Campos, prefeita de Contagem e antes uma possível candidata, já pulou fora do barco.
Com a proximidade de 2026, o que era uma divergência ideológica interna virou uma divisão aberta, com visões opostas sobre o futuro do partido.
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