Cria de Cunha, Pastor Everaldo batizou Bolsonaro e promoveu Witzel
O pastor Everaldo, preso esta manhã por desvios em contratos da Saúde, surgiu no meio político por influência de Eduardo Cunha, é padrinho político Wilson Witzel e promoveu a aproximação de Jair Bolsonaro com os evangélicos...
O pastor Everaldo, preso esta manhã por desvios em contratos da Saúde, surgiu no meio político por influência de Eduardo Cunha, é padrinho político Wilson Witzel e promoveu a aproximação de Jair Bolsonaro com os evangélicos.
Ele foi um dos primeiros a incentivar a candidatura de Bolsonaro à Presidência da República.
Filiado ao PSC de Everaldo entre 2016 e 2018, Bolsonaro chegou a ser batizado pelo pastor nas águas do Rio Jordão, em Israel.
Everaldo também foi um dos responsáveis por apresentar o presidente a líderes evangélicos, como Silas Malafaia.
O sonho de ver o PSC chegar ao Planalto foi frustrado em 2018, quando Bolsonaro filiou-se ao PSL. Com as críticas a Witzel, o presidente decidiu se afastar publicamente de Everaldo.
Apesar do distanciamento aparente, o pastor mantém o bolsonarista Otoni e Paula (PSC-RJ) como um de seus homens próximos ao presidente.
O deputado tenta se candidatar à Prefeitura do Rio com o apoio de Bolsonaro, e chegou a cogitar ir ao PRTB de Hamilton Mourão para driblar a indisposição que o presidente tem com Witzel.
Além de sua popularidade na Assembleia de Deus, o pastor é velho conhecido por esquemas fisiológicos no Rio de Janeiro.
Everaldo foi lançado na política por Eduardo Cunha, que considerou a influência do pastor na Assembleia de Deus no Rio.
O pastor foi o chefe da Casa Civil de Anthony Garotinho, entre 1999 e 2002. Durante sua passagem pelo governo do Rio, formou uma parceria com Eduardo Cunha.
Àquela época, ambos dividiram a Cedae, a estatal de águas e esgotos do estado, com indicações políticas.
Após a saída de Garotinho, Everaldo usou a força dos evangélicos do Rio para manter sua influência em seguidos governos no Rio — de Benedita da Silva, passando por Pezão e Cabral até eleger Witzel.
Em 2015, o pastor assumiu a presidência nacional do PSC — cargo que ocupa até hoje.
Um ano antes, em 2014, candidatou-se à Presidência da República sem nunca ter ocupado um cargo político.
Em julho de 2018, uma convenção estadual do PSC confirmou a candidatura de Everaldo para o Senado e de Witzel para o governo do Rio.
O pastor foi derrotado nas urnas; o ex-juiz foi eleito.
Em 2017, Everaldo foi citado na delação de Fernando Reis, executivo da Odebrecht. O delator afirmou que a empreiteira repassou R$ 6 milhões para a campanha do pastor em 2014 em troca de apoio a Aécio Neves no segundo turno das eleições.
No caso mais recente, Everaldo foi citado em delações por supostamente comandar a Saúde do Rio.
Segundo o acordo homologado pelo STJ, as declarações prestadas pelo ex-secretário de Saúde Edmar Santos “indicam que um dia antes da deflagração da Operação Placebo, o governador repassou R$ 15 mil em espécie ao Pastor Everaldo, o qual mostrou a quantia a Edmar, com receio, em tese, de que a Polícia Federal encontrasse os valores na realização das buscas”.
Segundo o MPF, Everaldo seria líder de um dos grupos que compõem uma “sofisticada organização criminosa” que tem o “objetivo comum de desviar recursos públicos e realizar a lavagem de capitais, dentre outros crimes”.
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