CPMI vai ao STF por imagens do 8 de janeiro negadas por Dino
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), anunciou que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelas imagens registradas pelo sistema de vigilância do...
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), anunciou que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelas imagens registradas pelo sistema de vigilância do Ministério da Justiça no dia da invasão das sedes dos Três Poderes.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, respondeu com uma negativa a um pedido da comissão pelas gravações, alegando que os arquivos fazem parte de investigação criminal em andamento. A negativa não caiu nada bem na CPMI.
"Se nós aceitarmos passivamente esse tipo de comportamento, esta CPMI está condenada ao ridículo”, diz @DepArthurMaia, anunciando que vai pedir ao @STF_oficial que determine a @FlavioDino entregar imagens do 8 de janeiro à comissão. pic.twitter.com/ExXEGtAaIT
— O Antagonista (@o_antagonista) August 1, 2023
“Se nós aceitarmos passivamente esse tipo de comportamento, esta CPMI está fadada, mais do que ao fracasso, condenada ao ridículo”, retrucou na audiência desta segunda-feira (1º) da CPMI. Maia informou que a advocacia do Senado irá acionar o STF, sob a pena de perder a integridade e a autoridade da comissão.
“Todo respeito ao ministro Flávio Dino, não o conheço pessoalmente, nunca estive com o ministro pessoalmente, não tenho motivo para ter nada contra ele — pelo contrário, considero ele um quadro da mais alta significância neste país, senador da República —, mas, se eu aceitar passivamente que um ministro pode se denegar a dar conhecimento à CPI de um documento que a CPI requereu, obviamente que isso prevalecerá para todos e quaisquer alvos de requerimento da CPMI”, disse o presidente da CPMI.
Maia foi apoiado pelos parlamentares de oposição ao governo Lula. O senador Sergio Moro (União-PR) chegou a dizer que Dino poderia estar cometendo crime de responsabilidade ao negar as imagens do circuito de vigilância interna do Ministério da Justiça.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) destacou a dificuldade de se descobrir o que aconteceu em matéria de omissão. “É um grande esforço que hoje vai ter o seu dia inaugural em termos de possibilidade de saber sobre omissão. Sobre as ações, sobre vandalismo, o nome que queiram dar, tudo pode ser feito a mais, mas já temos uma linha percorrida”, comentou.
A CPMI tem agendado para hoje o depoimento do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha.
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