A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) ouve nesta terça-feira (12) Marília Ferreira de Alencar (foto), ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ela era subordinada ao então secretário Anderson Torres, que estava em viagem aos EUA, e foi exonerada durante a intervenção federal, após os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.

Como mostrou O Antagonista, a Polícia Federal (PF) acusa a ex-subsecretária de Inteligência do Distrito Federal de ter tentado formatar seu aparelho celular antes de entregá-lo para perícia. Na representação formulada pela PF, a delegada federal é acusada de ter tentado modificar provas da investigação.

“Em se comprovando as informações acima, pode caracterizar a alteração do estado de coisa, qual seja o conteúdo do aparelho, visando a eximir-se de responsabilidade, o fato caracterizaria o crime de Abuso de Autoridade”, alega, em representação ao Supremo Tribunal Federal (STF), o delegado Raphael Soares Astini.

Para a quinta (14), a CPMI tem agendado o depoimento do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto. A área do acampamento bolsonarista em Brasília era de responsabilidade do oficial militar, que em várias ocasiões evitou a remoção dos manifestantes. Na noite do 8 de janeiro, o general convenceu o presidente Lula a não prender os manifestantes, alegando que a ação iria “derramar sangue”.