“CPI tem medo de uma reação armada”
Alessandro Vieira, entrevistado por El País, disse que a CPI da Covid tem medo de convocar o ministro da Defesa, Walter Braga Netto: “Na CPI tem parlamentares corretos, mas que têm medo de uma reação armada...
Alessandro Vieira, entrevistado por El País, disse que a CPI da Covid tem medo de convocar o ministro da Defesa, Walter Braga Netto:
“Na CPI tem parlamentares corretos, mas que têm medo de uma reação armada. Quando você chega neste patamar, talvez você já não tenha democracia. Plena, pelo menos, não. Alguns senadores têm receio de motivar uma reação armada com a convocação do Braga Netto. Ele ocupa um cargo civil, é um aposentado, é um cidadão que estava na cadeia de comando, na Casa Civil. Ele é responsável pelo fracasso. Se a estratégia fracassou e você era o comandante da estratégia, você é responsável, tem que prestar explicações.”
Ele disse também:
“Se eu mostro para a sociedade e para integrantes da Forças Armadas que existe gente que está acima da lei, eu os estou autorizando a continuar fora da lei. Eu tenho de garantir o contrário, de que todo mundo está abaixo da lei, seja um general de quatro estrelas ou não. É um pouco da ideia que tínhamos para criar a CPI da Lava Toga, nada do que os ministros fazem aqui sobreviveria se os ministros fossem um juiz de primeiro grau. Nada! Se um juiz de primeiro grau vai se encontrar pra comer uma pizza com um investigado por crime, ele vai responder na corregedoria do tribunal dele e vai responder no Conselho Nacional de Justiça. Se é um ministro do Supremo, não.”
Sobre sua eventual candidatura a presidente, que foi sugerida por Mario Sabino, ele disse:
“Recebo muitas solicitações nesse sentido. Eu nunca quis ser político, nunca quis ser senador. Agora, eu acho, sim, que tenho uma representatividade numa área que os pré-candidatos atuais não estão atuando, que é essa coisa de combate à corrupção. Para você poder fazer um projeto de mudança, você tem que ter muita consciência. Esse Congresso aqui, nos primeiros seis meses do Governo Bolsonaro, não tinha o Centrão voando alto igual faz hoje. Você não ouvia a voz do Ciro Nogueira. Vários ficaram desaparecidos por alguns meses, porque eles acreditaram, como a gente acreditou na campanha, que seria diferente. Depois eles entenderam que não é diferente coisa nenhuma. Aí, voltaram com a corda toda.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)