CPI das ONGs mira financiamento estrangeiro em fundação na Amazônia
A CPI das ONGs ouve nesta terça-feira (12) o superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgilio Mauricio Viana, sobre o uso de recursos públicos provenientes de fontes estrangeiras...
A CPI das ONGs ouve nesta terça-feira (12) o superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgilio Mauricio Viana, sobre o uso de recursos públicos provenientes de fontes estrangeiras.
De acordo com o senador Plínio Valério, diversos documentos e depoimentos apresentados até o momento mencionam o uso de recursos públicos pela FAS. Esse tipo de financiamento tem despertado a atenção de alguns parlamentares, como os senadores Plínio e Marcio Bittar (União-AC), que questionam se há preservação do interesse nacional e benefícios para as populações amazônicas. Em um pronunciamento no plenário em agosto, o senador Plínio questionou a destinação dos valores recebidos pela FAS através do Fundo Amazônia, que capta doações de outros países para preservação do bioma.
“Uma única ONG que atua em nosso estado [Amazonas], a FAS, recebeu R$ 54 milhões do Fundo Amazônia. Quanto desse dinheiro chegou realmente às mãos da população?“, disse Valério.
Além do depoimento do superintendente da FAS, a reunião desta terça-feira também terá a votação de dois requerimentos. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) solicitou uma diligência externa em Chapadão dos Parecis, no Mato Grosso, com o objetivo de conhecer a etnia indígena Haliti-Paresi. Para o senador Nelsinho, as aldeias da região são um exemplo positivo do uso da agricultura pelos povos indígenas.
Outro ponto em discussão será o convite para depoimento do presidente do Instituto Socioambiental (ISA), Marcio Santilli, solicitado pelo senador Plínio Valério. O ISA é uma ONG que recebeu várias menções e críticas durante os trabalhos da CPI, como ocorreu em uma reunião com lideranças indígenas em junho.
Instalada em 14 de junho, a comissão parlamentar de inquérito tem como objetivo investigar as atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia desde 2001. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em até 130 dias (pouco mais de seis meses).
Após a tomada da CPI do MST pelo governo Lula, a CPI das ONGs virou uma trincheira relevante para a oposição.
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