CPI da Covid poderá ter papel de palanque político e não de investigação, diz Pacheco
Ao confirmar que instalará a CPI da Covid, Rodrigo Pacheco voltou a explicar por que se recusava a abrir a comissão no Senado. Além de "dificuldades operacionais", por causa das medidas de isolamento, afirmou que ela não poderá substituir os órgãos de investigação...
Ao confirmar que instalará a CPI da Covid, Rodrigo Pacheco voltou a explicar por que se recusava a abrir a comissão no Senado. Além de “dificuldades operacionais”, por causa das medidas de isolamento, afirmou que ela não poderá substituir os órgãos de investigação.
“Temos também o fato de que, ela por sua natureza, pelo mérito que ela vai tratar de fatos, não se queira acreditar que ela vai poder substituir o papel do Ministério Público, da Polícia Federal, da Polícia Civil, da Controladoria-Geral da União. Não fará esse papel”, disse.
“A CPI poderá ter sim papel de antecipação de discussão político-eleitoral de 2022, de palanque político que absolutamente é inapropriado para esse momento da nação. Essas foram as razões pelas quais, todas elas, de ordem técnica, política, de conveniência, oportunidade e responsabilidade, que me fizeram não instalar a CPI até aqui”, afirmou em seguida.
Na última vez que O Antagonista consultou a Constituição e o regimento do Senado, não encontrou nada lá que proíba a instalação de CPIs que corram o risco de virar “palanque político”.
O pedido de CPI foi protocolado no início de fevereiro, com a assinatura de 30 senadores, mais que as 27 necessárias para sua instalação. Hoje, já conta com o apoio de 32.
Pacheco recusava-se a ler o requerimento no plenário e abrir a comissão sob a alegação de que “não é o momento de buscar culpados”. Os senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru acionaram o Supremo e hoje Luís Roberto Barroso mandou o Senado instalar a CPI.
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