O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, orientou que os brasileiros não corram às farmácias para comprar cloroquina e hidroxicloroquina, remédios contra a malária e artrite que estão sendo testados nos Estados Unidos para tratar o novo coronavírus.

Em entrevista à imprensa, ele explicou que os dados dos testes “são promissores” e que “existe uma plausibilidade biológica de que esse mecanismo faça sentido, mas os estudos ainda são insuficientes”.

“São in vitro, não foram feitos em pacientes, foram testes em bancada. Os estudos feitos em pacientes, foram com 20 pacientes, com um desenho aberto, não é randomizado, não tem os critérios metodológicos necessários para estabelecer relação de nexo causal”, explicou.

“Sinaliza um medicamento promissor, mas que tem que ser testado, em estudos mais bem elaborados, que inclusive estão em curso. A própria OMS vai fazer estudo multicêntrico, para testar efetivamente e recomendar em protocolos clínicos terapêuticos”, continuou.

“Está havendo uma busca para comprar esse medicamento na farmácia. Não façam isso. Temos laboratórios públicos que fabricam. Se porventura esses estudos mostrarem esse tipo de benefício, temos condição de prover esse tratamento para a população”, concluiu.

Em nota, a Anvisa afirmou que “a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde”.

EUA farão teste em massa de droga antimalária contra o coronavírus