Corregedora diz que Aras manobra apuração interna para blindar aliado
A corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta de Paiva Ramos, alertou em ofício interno que uma manobra adotada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, teria sido usada para blindar aliados ou perseguir adversários...
A corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta de Paiva Ramos, alertou em ofício interno que uma manobra adotada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, teria sido usada para blindar aliados ou perseguir adversários.
A manifestação de Elizeta, diz o Globo, envolve uma decisão da Corregedoria de investigar um assessor do gabinete do procurador-geral, depois de não encontrar provas em acusação feita por Aras contra três procuradores: Luana Vargas, Hebert Mesquita e Victor Riccely.
Eles foram acusados de vazar informações da delação de Marcelo Odebrecht, mas nada foi provado. Na apuração, porém, surgiu o nome de João Paulo Lordelo, aliado de Aras, que também tinha acesso ao procedimento sigiloso.
Na terça-feira, o Conselho Nacional do Ministério Público avocou para si o caso que estava com Elizeta, a pedido do PGR, impedindo o seguimento da investigação. A Corregedora-Geral do MPF, então, protestou.
“O que não se mostraria razoável seria o traslado investigativo deste para esse órgão, apenas para discordar-se de suas conclusões, ou pior, para o atendimento de expectativas pessoais ou politicas determináveis simplesmente pelo cargo da pessoa investigada, seja para blindá-la, ou pior, para persegui-la”, escreveu Elizeta.
A decisão do CNMP também gerou insatisfação no Conselho Superior do MPF, indiretamente acusado de não ter lisura para apurar.
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