Corredor de fumaça alcança o Rio Grande do Sul neste final de semana
Fenômeno oriundo de queimadas na Bolívia e na região amazônica chega à Argentina, Uruguai e até mesmo ao Sul do Brasil.
Um fenômeno atmosférico preocupante tem sido observado recentemente: o corredor de fumaça oriundo de queimadas na Bolívia e na região amazônica chega à Argentina, Uruguai e até mesmo ao Rio Grande do Sul, no Brasil.
Imagens de satélite confirmam a extensão desse corredor que atravessa o continente sul-americano.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), só no primeiro dia de agosto, a Amazônia registrou 625 focos de calor, enquanto o Pantanal contabilizou 241 focos no mesmo período.
Essas queimadas têm gerado uma quantidade significativa de fumaça na atmosfera, afetando diversas regiões. A situação tem se tornado cada vez mais crítica quando analisamos os dados históricos.
Queimadas na Amazônia e suas consequências
As queimadas na Amazônia alcançaram níveis alarmantes no mês de julho.
Foram registrados 11.434 focos de calor, o maior número para o mês desde 2005, quando foram registrados 1934 focos.
Esse aumento significativo ultrapassa a média histórica mensal de 6.164 focos, segundo o INPE.
A principal região afetada é o estado do Amazonas, onde foram detectados 4.241 focos de calor, superando o recorde de 2020 com 2119 focos.
Corredor de fumaça afeta o Rio Grande do Sul
A chegada da fumaça ao Rio Grande do Sul tem gerado preocupações. Na última quinta-feira, 1°, observou-se o pôr do sol com cores mais vibrantes devido ao material particulado presente na atmosfera.
A previsão é que a fumaça continue sobre o estado durante o fim de semana, intensificando-se no sábado, quando a corrente de jato em baixos níveis trará grandes quantidades de fumaça.
Regiões estão mais afetadas pelo corredor de fumaça
Além do Rio Grande do Sul, o corredor de fumaça tem impactado gravemente a Argentina e o Uruguai. Imagens de satélite mostram que a fumaça se origina na Amazônia e na Bolívia, avançando pelo continente até alcançar essas regiões.
Em Buenos Aires, na Argentina, o fenômeno é claramente visível, e também nota-se o recuo para o Leste na província de Buenos Aires.
Impactos na saúde e meio ambiente
A presença dessa fumaça na atmosfera é prejudicial à saúde humana. Respirar material particulado pode causar problemas respiratórios graves, especialmente em pessoas com condições preexistentes.
Além disso, o meio ambiente sofre com a redução da qualidade do ar e consequente prejuízo à flora e fauna locais.
Número de queimadas disparou
A explicação para o aumento das queimadas passa principalmente pelo estado do Amazonas, que tem se tornado uma nova fronteira agrícola com desmatamento crescente e uso do fogo.
Entre março e outubro, recordes mensais de queimadas foram constatados, especialmente entre 2019 e 2024.
Esses dados indicam uma tendência preocupante de aumento de áreas queimadas na região.
Dados alarmantes do Pantanal
O Pantanal também enfrenta uma situação crítica. Em julho de 2024, foram registrados 1.218 focos de calor, muito acima da média histórica de 441.
Somente em dois anos anteriores os números de julho foram piores: 2005, com 1.259 focos, e 2020, com 1.684.
Previsão do Tempo
A previsão do tempo indica que, além da fumaça, o Rio Grande do Sul enfrentará um sábado de calor intenso com rajadas de vento Norte.
Esse jato de baixos níveis, um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude, se origina na Bolívia e se estende até a América do Sul, trazendo ar quente e seco.
Esse cenário reforça a importância de monitorar constantemente as queimadas e seus impactos. E você, já notou algum efeito da fumaça em sua região?
Fonte: MetSul Meteorologia
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