Corra, Bolsonaro, corra
Jair Bolsonaro pode ganhar o Congresso Nacional. Um levantamento dos professores Carlos Pereira e Frederico Bertholini, publicado na Folha de S. Paulo, mostra que, com “a proximidade ideológica dos partidos de centro-direita e seus respectivos tamanhos, é razoável supor que um eventual governo Bolsonaro não teria dificuldade para construir uma coalizão majoritária...
Jair Bolsonaro pode ganhar o Congresso Nacional.
Um levantamento dos professores Carlos Pereira e Frederico Bertholini, publicado na Folha de S. Paulo, mostra que, com “a proximidade ideológica dos partidos de centro-direita e seus respectivos tamanhos, é razoável supor que um eventual governo Bolsonaro não teria dificuldade para construir uma coalizão majoritária.
Além disso, esta coalizão estaria muito próxima da ideologia mediana da Câmara, tendo mais condições de espelhar de forma homogênea a preferência do Legislativo.
Com tudo isso, o governo Bolsonaro teria condições de desfrutar das condições políticas apropriadas para construir e gerenciar uma coalizão de forma eficiente, tendo o potencial de alcançar grande sucesso legislativo a um custo de governabilidade relativamente baixo.
Por outro lado, caso Haddad consiga uma improvável reversão do panorama atual de intenções voto, terá muita dificuldade de montar uma coalizão majoritária e que espelhe a preferência mediana do Congresso.”
O segredo, para Jair Bolsonaro, é fazer as reformas rapidamente:
“Um presidente recém eleito e em primeiro mandato tende a desfrutar de uma lua de mel com a sociedade. Logo, tal estratégia unilateral pode ser bem sucedida.
O sucesso legislativo do presidente seria assim alcançado pela via do apoio direto dos seus eleitores constrangendo os legisladores e diminuindo seu custo de negociações com o Legislativo (…).
No médio e longo prazos, entretanto, especialmente quando o presidente apresenta alguma vulnerabilidade política e necessita do apoio do Congresso para governar ou mesmo para sobreviver, o poder de barganha sairia das mãos do presidente para as dos legisladores. Nesse momento, esses tenderiam a inflacionar seu preço de apoio.”
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