Conselho de medicina pede liberação do Fenol
Agência Nacional de Vigilância Sanitária proþbe uso de fenol em procedimentos estéticos e médicos, suscitando debates sobre segurança e acessibilidade a tratamentos.
O fenol, uma substância historicamente utilizada em diversos tratamentos médicos e estéticos, tornou-se o centro de uma disputa controversa após a recente proibição imposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida, que entrou em vigor em junho de 2024, proíbe a importação, fabricação e uso de produtos à base de fenol, gerando um debate acalorado entre especialistas da área médica e a agência reguladora.
Esta decisão foi catalisada pelo trágico incidente que resultou na morte de Henrique Chagas durante um peeling de fenol. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa do falecimento foi uma parada cardiorrespiratória provocada por um edema pulmonar agudo, uma consequência da inalação do produto. Esse evento alarmante destacou os riscos associados ao uso de fenol, levando à ação rápida da Anvisa.
O que dizem as entidades médicas sobre a proibição do fenol?
A Resolução 2.384/2024 da Anvisa tem sido objeto de crítica por parte de renomadas entidades como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Estas entidades defendem que, apesar dos riscos, o fenol pode ser seguro se usado sob estritos protocolos médicos. Eles argumentam que a proibição traz prejuízos significativos à assistência dos pacientes, podendo agravar condições clínicas por falta de alternativas eficazes de tratamento.
Papel do fenol em tratamentos diversificados
O uso do fenol não se limita apenas a procedimentos estéticos como o peeling. Ele é empregado em tratamentos de urologia, neurologia, otorrinolaringologia, coloproctologia, oncologia e dermatologia, particularmente no tratamento de cânceres de pele. Este amplo espectro de aplicação demonstra a importância do fenol na medicina, reforçando o argumento das entidades médicas sobre a necessidade de reavaliar a proibição.
Quais são as medidas propostas pelas entidades médicas?
Na busca por uma solução que equilibre segurança e eficácia, as entidades médicas propuseram a substituição da proibição total por uma regulamentação que permita o uso do fenol sob prescrição médica. Essa abordagem garantiria que o uso da substância fosse acompanhado de avaliações médicas rigorosas, minimizando os riscos para os pacientes. As conclusões e recomendações abordadas por essas entidades já foram encaminhadas à Anvisa, aguardando avaliação.
Enquanto isso, a comunidade médica e o público aguardam ansiosamente a decisão final da Anvisa, que terá profundos impactos no campo da dermatologia e da segurança do paciente. O desafio agora é encontrar um meio-termo que proteja a saúde pública sem impedir o acesso a tratamentos médicos importantes.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)