Conselho de Gayer a Datena: “Aposente”
Para o bolsonarista, atitude do jornalista ao dar cadeirada reflete comportamento 'típico' da esquerda
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) publicou um vídeo no Instagram comentando a cadeirada do jornalista José Luiz Datena (PSDB) contra o empresário Pablo Marçal (PRTB). “O Datena, uma pessoa que já havia se mostrado, no debate anterior, totalmente desequilibrada, partiu para a agressão física”, começou.
Ele acrescentou: “O Datena é um esquerdista, alguém que foi filiado ao PT durante muito tempo, então acho que isso explica porque ele é uma pessoa propensa à violência”.
O bolsonarista encerrou o vídeo com um conselho ao jornalista: “Só resta uma coisa para o Datena fazer: aposente, saia da campanha, saia da televisão. Vá arrumar uma terrinha”.
A cadeirada em Marçal
O debate da TV Cultura foi interrompido após o apresentador José Luiz Datena (PSDB) agredir o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira.
Desde o início do debate, os dois trocaram farpas. Mas o clima esquentou quando Marçal relembrou a acusação de assédio sexual sofrida por Datena em 2019. Na época, a ex-repórter da Band Bruna Drews acusou o jornalista de assédio. Depois, ela afirmou ter sido “induzida” a assinar uma carta na qual se retratava e inocentava o jornalista.
“Primeiro, o PCC Marçal… vou lhe dizer uma coisa… a denúncia foi arquivada pelo Ministério Público”, disse Datena. Depois, ele rebateu o influenciador relembrando a condenação sofrida por Marçal em 2010.
“Estamos falando aqui em uma condenação de um ‘bandidinho’ de dados na internet. O que você fez comigo hoje foi terrível”, disse Datena.
Depois disso, Marçal provocou Datena e disse que ele covarde. Que o apresentador não teria coragem nem de agredi-lo. Datena, então, pegou a sua cadeira e partiu para cima de Marçal.
Cadeiradas no tabuleiro político
O episódio da ‘cadeirada’ traz, como pano de fundo, tensões que não dizem respeito apenas a Datena, mas também a Pablo Marçal e sua queda de braço com o bolsonarismo. Marçal ganhou notoriedade política ao se posicionar como um outsider, defendendo uma renovação de práticas políticas e um distanciamento da polarização que caracteriza o embate entre bolsonaristas e petistas.
Marçal representa um grupo dentro da direita que não se identifica completamente com o bolsonarismo e busca um caminho alternativo, o que tem incomodado setores mais radicais da base de apoio a Jair Bolsonaro.
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