Conselheiro usa voto contra Weintraub para criticar governo Bolsonaro, do qual fez parte
Em outro trecho de seu voto, acolhido integralmente pela Comissão de Ética Pública da Presidência, o conselheiro Erick Vidigal aproveitou para enviar um recado a todo o governo Bolsonaro. Para ele, "é absolutamente inconstitucional...
Em outro trecho de seu voto, acolhido integralmente pela Comissão de Ética Pública da Presidência, o conselheiro Erick Vidigal resolveu enviar um recado a todo o governo Bolsonaro.
Para ele, “é absolutamente inconstitucional, imoral e antiético todo ato praticado por autoridades que promovam a desarmonia e que ofendam as ideias de decoro, de fraternidade, de pluralidade e de combate aos preconceitos”.
“O Brasil precisa de união, de transparência, de solidariedade, enfim, precisa de uma liderança que o retire da quadra atual, caracterizada pelo ódio nas redes sociais, pela falta de educação generalizada, pelas fake news e pela utilização da máquina pública para a elaboração de dossiês mentirosos com o intuito de ofender a reputação das pessoas ou mesmo de prejudicá-las com demissões descabidas ou com a exposição pública.”
Vidigal ressalta o papel da Comissão de Ética Pública num momento do país em que “réus confessos de crimes não são punidos e ainda ocupam expressivo espaço nos bastidores do poder, chegando até mesmo a influenciar na escolha de seus futuros julgadores”.
“Cabe a esta Comissão de Ética Pública da Presidência da República estar sempre atenta para dar à sociedade, com a transparência que cada cidadão brasileiro merece, a pronta resposta às provocações que lhe são dirigidas.”
Filho do ex-presidente do STJ Edson Vidigal, Erick trabalhava até o ano passado na Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Ele integrava a equipe jurídica do governo Temer e foi mantido por Jorge Oliveira.
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