Conib repudia fala de Genoíno por boicote a empresas de judeus
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo divulgaram neste domingo, 21, notas em repúdio a declarações de...
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo divulgaram neste domingo, 21, notas em repúdio a declarações de José Genoíno (foto), ex-presidente nacional do PT, defendendo o boicote a empresas de judeus pelo Brasil.
“É uma fala antissemita, e o antissemitismo é crime no Brasil”, afirma a Conib na nota. “O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”.
A entidade também fez um apelo para que as lideranças políticas brasileiras atuem com “moderação e equilíbrio” em relação ao conflito no Oriente Médio: “Falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país”.
Já a Federação Israelita de São Paulo classificou a fala de Genoíno como “criminosa” e afirmou que a declaração do petista “remete a filosofia de Adolf Hitler”.
“O boicote a judeus foi a primeira ação coordenada do regime nazista contra os judeus na Alemanha.”
Disse ainda que Genoíno, ao “evidenciar a origem judaica” de empresas e pedir seu boicote, “revela a sua covardia e seu viés antissemita”.
“O que nos preocupa ainda mais é o silêncio dos dirigentes do partido [PT] que o acolhe. Líderes que se dizem defensores da democracia não podem concordar com mais este ataque, que busca atingir pessoas apenas pelo fato de serem judeus ou judias.”
Em sua declaração a um blog petista no sábado, 20, Genoíno criticou o abaixo-assinado elaborado por empresários brasileiros pedindo a retirada do apoio do país a uma ação movida pela África do Sul contra Israel na Justiça internacional. O ex-presidente do PT sugeriu então o boicote a empresas comandadas por judeus.
“É interessante essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”, disse.
“Inclusive, eu acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o estado de Israel”, acrescentou.
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