Congresso dá ultimato ao Planalto: ou paga emendas ou não tem orçamento
Em uma reunião tensa ocorrida ontem pela noite, a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que comanda a Comissão Mista de Orçamento, deu o recado do parlamento ao presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG): ou o governo quita as emendas parlamentares de 2021 ou o orçamento somente será aprovado no ano...
Em uma reunião tensa ocorrida ontem pela noite, a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que comanda a Comissão Mista de Orçamento, deu o recado do parlamento ao presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG): ou o governo quita as emendas parlamentares de 2021 ou o orçamento somente será aprovado no ano que vem, no retorno do recesso parlamentar.
Durante o encontro, conforme apurou O Antagonista, a parlamentar deixou claro que a CMO vai concluir seu parecer até quinta-feira. Contudo, ela informou a Pacheco que deputados e senadores estão dispostos a barrar a votação do parecer do relator-geral do Orçamento, Hugo Leal (PSD-RJ), até o governo quitar todas as emendas parlamentares que ficaram travadas em 2021 por determinação da ministra do STF Rosa Weber.
Como mostramos ontem, parlamentares da base governista já deram um primeiro recado ao Planalto e derrubaram a sessão do Congresso para apreciar projetos de créditos extraordinários, entre os quais um de R$ 300 milhões para bancar vale gás para 5,5 milhões de famílias carentes.
Essa pressão por emendas faz parte do jogo de sobrevivência política de vários parlamentares, ainda mais durante o ano eleitoral.
Além disso, os deputados e senadores também afirmam que o orçamento somente será votado após o Congresso analisar 26 vetos presidenciais que ainda estão pendentes e já trancam a pauta, como aquele que barrou o fundão eleitoral de R$ 5,7 bilhões.
A ideia dos deputados e senadores é garantir o aumento, no apagar das luzes, dos recursos destinados às campanhas eleitorais. Além disso, integrantes da CMO admitiram a O Antagonista que a análise dos vetos será essencial para remanejar recursos do orçamento do ano que vem.
Pacheco tenta um acordo e já sinalizou que pode agendar uma sessão de vetos para amanhã para discutir os vetos presidenciais.
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