Congresso alavanca orçamento de aliados em ministérios
O Congresso turbinou os orçamentos de ministérios chefiados por partidos como União Brasil, PP e PSD...
O Congresso turbinou os orçamentos de ministérios chefiados por partidos como União Brasil, PP e PSD, registrou O Globo.
As pastas terão até oito vezes mais recursos para gastar em 2024 do que o previsto pelo governo.
O caixa do Ministério do Turismo, que é comandado pelo ministro Celso Sabino (União), cresceu 733% em 2024, passando dos 270,8 milhões de reais propostos pelo Executivo em agosto para 2,25 bilhões de reais na versão final do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Já o Ministério do Esporte, que está sob a gestão de André Fufuca (PP, foto), recebeu um aumento de 320% em seu orçamento. A proposta inicial do governo era dar 607,8 milhões de reais à pasta para administrar em 2024. No entanto, o montante destinado pelo Congresso foi de 2,53 bilhões de reais.
As maiores perdas
Entre os ministérios que mais perderam dinheiro está o da Previdência Social, comandado pelo ministro Carlos Lupi (PDT). A pasta perdeu 5 bilhões de reais em relação ao projeto original, queda equivalente a 0,58%
Os Ministérios do Trabalho e Emprego, de Luiz Marinho (PT), e o dos Transportes, de Renan Filho (MDB), perderam 1 bilhão de reais cada.
Fundo eleitoral
Além de turbinar os recursos dos aliados, deputados e senadores ampliaram os valores previstos para o fundo eleitoral. Em 2024, o fundo terá 4,96 bilhões de reais, valor equivalente ao da eleição presidencial de 2022. O montante reservado para a eleição municipal é 96% maior que o de 2020.
Reserva de contingência
O maior corte feito por deputados e senadores foi na chamada reserva de contingência, que são recursos do Orçamento sem destinação específica e que podem ser utilizados para ajuda financeira a municípios em situação de calamidade.
O Palácio do Planalto previa guardar 29 bilhões de reais para esta modalidade, mas o Congresso cortou o valor para 11 bilhões de reais.
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