Confronto entre milícia e PRF no Rio resulta em quatro mortes
Além das mortes, a polícia apreendeu quatro fuzis, 16 carregadores, 392 munições e coletes balísticos com os milicianos
Quatro milicianos morreram após trocarem tiros com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 25. Os suspeitos estavam sendo monitorados pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).
Ao localizarem o grupo, que estava dividido em dois veículos, os policiais solicitaram apoio da PRF para realizar a abordagem. O confronto armado foi registrado em vídeo e circula nas redes sociais.
Segundo informações da Polícia Civil, os milicianos tentaram fugir em direções opostas ao receberem a ordem de parada, iniciando uma perseguição. Durante a fuga, os criminosos dispararam contra as viaturas, resultando na reação dos policiais. No decorrer da ação, quatro suspeitos foram atingidos por disparos. Eles foram encaminhados ao Hospital Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, mas não resistiram aos ferimentos.
Polícia apreende arsenal com milícia
Os agentes conseguiram apreender quatro fuzis, 16 carregadores, 392 munições e coletes balísticos com os milicianos. De acordo com a polícia, os veículos utilizados pelos criminosos eram roubados. A investigação apontou que o grupo tinha ligação com Gilson Ingrácio de Souza Junior, conhecido como “Juninho Varão”, líder da organização criminosa denominada “Bonde do Varão”.
Juninho Varão, que está foragido da Justiça, é conhecido por disputar territórios com outras quadrilhas paramilitares na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu e parte de Seropédica. Entre 2022 e 2023, sua milícia movimentou aproximadamente R$ 10 milhões.
Busca por líder miliciano
Gilson Ingrácio de Souza Junior, o Juninho Varão, é alvo de um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele é acusado de chefiar uma organização paramilitar que atua em cinco bairros de Nova Iguaçu (Cabuçu, Aliança, Jardim Laranjeiras, Valverde e K-32) e em parte de Queimados.
A ascensão de Juninho Varão ao controle dos territórios na Baixada Fluminense teve início com a morte de Ecko, em junho de 2021, resultando em uma divisão na milícia. Após esse evento, Danilo Dias Lima, conhecido como Danilo Tandera, assumiu os negócios paramilitares em Nova Iguaçu. No entanto, a morte de Delso Dias Lima, irmão de Tandera, em agosto de 2022, agravou ainda mais a fragmentação da quadrilha, permitindo que Juninho Varão consolidasse seu poder ao formar alianças com milicianos de Seropédica.
As operações da Draco continuam, com agentes empenhados em identificar e localizar os indivíduos que conseguiram fugir durante o confronto.
Quem é Juninho Varão
Juninho Varão iniciou sua vida no mundo do crime após a morte de Ecko, que gerou uma cisão significativa na milícia da Baixada Fluminense.
Com a fragmentação do grupo após a morte de Delso Dias Lima, irmão de Danilo Tandera, Varão aproveitou a oportunidade para expandir sua influência e consolidar seu domínio em Nova Iguaçu e Queimados. Ele é hoje um dos criminosos mais procurados da região e sua captura é prioridade para as forças de segurança.
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