Confronto em Humaitá resulta em 16 detidos
Operação contra garimpo ilegal resulta em detenções e feridos em Humaitá; comunidade local enfrenta impactos significativos.
Na noite de quinta-feira (22), Humaitá, uma cidade no interior do Amazonas, foi palco de uma intensa operação policial que resultou na detenção de dezesseis pessoas. Os suspeitos estavam em posse de rojões e outros tipos de explosivos. A operação visava identificar os responsáveis por atos de vandalismo e violência.
Durante os confrontos, um policial teve sua perna ferida por explosivos e um jovem foi baleado. As autoridades ainda não divulgaram o estado de saúde dos feridos. O delegado local destacou que os detidos estão colaborando com as investigações e que o objetivo é descobrir quem coordena esses atos violentos.
Operação Prensa: Combate ao Garimpo Ilegal no Amazonas
Iniciada na segunda-feira (19), a ‘Operação Prensa’ da Polícia Federal tem como objetivo combater o garimpo ilegal no sul do Amazonas. A operação, que conta com o apoio do Ibama e outras entidades federais, já resultou na destruição de 200 dragas de garimpo no Rio Madeira.
A operação visa desmantelar as atividades ilegais de mineração que causam danos ambientais significativos. A ação coordenada busca eliminar a infraestrutura que permite a exploração desenfreada e ilegal dos recursos naturais na região.
Qual foi a Reação dos Garimpeiros?
Os garimpeiros reagiram com hostilidade à operação da PF. Na cidade de Humaitá, manifestantes incendiaram pneus e atacaram as forças de segurança com rojões e pedras. A Polícia Federal teve que recuar temporariamente para evitar escalonamento da violência, continuando suas atividades pelo Rio Madeira.
O confronto não se limitou ao porto da cidade; os manifestantes se dirigiram à prefeitura, onde novos conflitos ocorreram com a polícia militar local, que precisou agir de forma enérgica para conter a situação.
Efeitos dos Confrontos na Comunidade
Durante os embates, a Escola Estadual Patronato Maria Auxiliadora, que tinha 350 estudantes em aula na hora, foi diretamente impactada. Funcionários e professores conseguiram manter os alunos seguros dentro das salas de aula até que a situação fosse controlada.
Raimundo dos Santos, porteiro da escola, afirmou: “Foi uma experiência inédita e assustadora, mas a polícia agiu rápido para controlar a situação. Colaboramos para manter os estudantes calmos e seguros dentro da escola.”
Houve Tentativas de Dialogar com os Garimpeiros?
Sim, as autoridades tentaram dialogar com os manifestantes, mas sem sucesso. Segundo o major Anderson Saifer, comandante do 4º Batalhão de Polícia do Amazonas, os garimpeiros se mostraram intransigentes e continuam com ações vândalas, atacando prédios públicos como a prefeitura e o Ministério Público local.
“Estes indivíduos se comportaram de maneira extremamente desordeira, tentando incendiar prédios governamentais e atirando pedras em várias instalações públicas,” disse o major Saifer.
Em nota oficial, a Polícia Federal informou que a operação terá continuidade por cerca de dez dias. Foi solicitada a presença de cinquenta homens do grupo de choque da Polícia Militar de Rondônia para ajudar na restauração da ordem pública em Humaitá.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) também se pronunciou, afirmando que a ordem pública em Humaitá está sendo mantida através de uma ação conjunta da Polícia Militar do Amazonas e da Polícia Civil, com o apoio dos militares de Rondônia.
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