Como evitar fraudes digitais que usam reconhecimento facial
Fraudes digitais com biometria estão crescendo. Saiba como criminosos estão driblando essa tecnologia e como se proteger.

A promessa de segurança digital proporcionada pelas tecnologias de autenticação biométrica tem sido colocada em xeque à medida que criminosos encontram formas de burlá-la.
Embora projetadas para aumentar a segurança, as tecnologias de reconhecimento facial podem se tornar ferramentas perigosas nas mãos erradas. Os golpistas, fingindo ser representantes de uma organização não governamental, ofereceram uma cesta básica gratuita à família do aposentado. No momento da entrega, exigiram um registro fotográfico da identidade e do rosto do idoso, alegando necessidade de cadastro. Com esses dados, abriram uma conta digital e contrataram um empréstimo de R$ 22 mil.
Como as fraudes digitais acontecem?
Walter Faria, diretor adjunto da Febraban, destaca a importância de acionar as autoridades policiais em casos como esse. Ele alerta para a necessidade de desconfiança diante de ofertas inesperadas que exigem informações pessoais, como cestas básicas ou brindes.
No caso específico da biometria facial, é crucial não aceitar tirar fotos ou selfies a pedido de terceiros sem verificação adequada. Se um serviço financeiro for concedido indevidamente, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência, contatar a instituição bancária e solicitar o cancelamento da operação.
Qual o papel das seguradoras na proteção contra fraudes?
Para o setor de seguros, fraudes representam um desafio significativo. As seguradoras dependem de mecanismos seguros de identificação para a concessão de serviços. Com o aumento do uso de biometria e inteligência artificial, a segurança dos clientes precisa ser reforçada para evitar a exploração indevida de informações pessoais.
O seguro cibernético surge como um recurso essencial, protegendo contra prejuízos de ataques digitais e fraudes eletrônicas. A Bradesco Seguros, por exemplo, investiu em um sistema avançado de identificação para reembolsos, reduzindo riscos de fraudes e garantindo maior transparência nos processos.
Quais medidas podem fortalecer a segurança digital?

A incorporação da biometria facial nos serviços de grandes empresas demonstra uma tendência no setor de seguros: a adoção de mecanismos avançados para garantir a autenticidade das transações. Além do investimento em tecnologia, é fundamental uma combinação de fatores para fortalecer a segurança digital.
Entre as medidas necessárias estão a educação dos usuários para reconhecer golpes, a implementação de verificadores adicionais de identidade e a ampliação da regulamentação sobre o uso de dados biométricos. O caso do aposentado em Belo Horizonte reflete um problema maior, que exige respostas concretas das seguradoras e instituições financeiras.
O futuro da segurança digital
O combate a crimes cibernéticos não pode depender apenas de novos dispositivos de autenticação. É necessária uma estratégia ampla que envolva proteção regulatória, educação digital e colaboração entre empresas e autoridades. Apenas assim será possível garantir que a segurança digital cumpra sua verdadeira função: proteger as pessoas e suas informações, sem criar novas vulnerabilidades.
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