Como eleitores de Bolsonaro e Lula veem chances de ditadura
Pesquisa Datafolha aponta que lulistas e bolsonaristas divergem sobre risco de golpe de Estado em 2022
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 19, aponta que os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) acreditam mais na possibilidade de uma nova ditadura no Brasil do que os de Lula (PT).
Os dados mostram que 45% dos entrevistados que declararam voto no ex-presidente no segundo turno da eleição de 2022 acreditam que há chances de um regime autoritário retornar ao país. Em contrapartida, 38% dos eleitores do petista compartilham essa visão.
A margem de erro para é de quatro pontos percentuais para os bolsonaristas e três pontos percentuais para os petistas.
Chances de ditadura
O levantamento revela que 24% dos eleitores de Bolsonaro veem grande probabilidade de uma nova ditadura, ante 18% dos que votaram em Lula.
Por outro lado, a percepção de que não há risco algum de um novo regime autoritário é compartilhada por 56% dos eleitores do petista, em comparação com 50% entre os apoiadores do ex-presidente.
Risco de golpe
Questionados sobre o contexto eleitoral de 2022, os eleitores de Lula são mais propensos a acreditar que o Brasil enfrentou um risco real de golpe de Estado.
Enquanto 48% dos entrevistados que votaram em Bolsonaro negam ter havido chance de golpe naquele ano, apenas 6% dos apoiadores de Lula sustentam essa opinião.
Ao Datafolha, 89% dos eleitores do petista afirmam que o país correu riscos naquele momento, com 69% considerando esse risco como elevado.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 46% reconhecem a possibilidade de golpe, mas apenas 17% acreditam que essa chance foi significativa.
Realizada entre 12 e 13 de dezembro, a pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios brasileiros. A margem geral de erro foi estabelecida em dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Leia também: Cai apoio à democracia no Brasil, indica Datafolha
Investigações
As investigações sugerem que a trama para permanecer no poder apesar de ter perdido a eleição só não foi adiante porque dois dos três comandantes das Forças Armadas não toparam participar dos esforços.
Assine Crusoé e leia mais: Os homens que barraram o golpe
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
19.12.2024 08:56No tempo do Bozo, quando ele começou a encher de militares em sua equipe de Governo eu tive medo. Agora, com LULE, apesar de ele querer acho que não terá fôlego. Mas está enchendo de comunistas retrogrados, também na sua gangue.