Como Belém pode influenciar a corrida eleitoral em SP
Com mais de 70% de rejeição, a gestão do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), será explorada pelos adversários de Guilherme Boulos (PSOL)
Desaprovada por mais de 70% da população belenense, a gestão do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), será explorada pelos adversários do deputado Guilherme Boulos (PSOL) na campanha pela prefeitura de São Paulo. A capital do Pará é a única comandada pelo partido no país.
A equipe do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), planeja mostrar a situação de Belém em sua propaganda de rádio e TV a partir de 30 de agosto, quando começará o horário eleitoral gratuito.
“O projeto do PSOL para São Paulo é um requentado de gestões anteriores do PT – governos reprovados pela população paulistana, talvez ainda mais do que a gestão do PSOL é hoje reprovada em Belém. É isso o que deverá ser discutido ao longo da campanha”, disse o presidente municipal do MDB, Enrico Misasi, ao Uol.
Nunes não será o único a falar de Belém
O candidato do PRTB, Pablo Marçal, também utilizará a administração do PSOL em Belém contra Boulos.
“Candidato que não dá conta de fazer nada porque é do PSOL. Só tem um prefeito do PSOL, com reprovação de 70%. Isso é a escória da política brasileira: Guilherme Boulos”, disse Marçal no debate da Band.
José Aníbal (PSDB), candidato a vice-prefeito na chapa de José Luiz Datena (PSDB), também criticou a gestão do partido na capital do Pará.
“É uma gestão que não tem competência, não tem resultados para a população. É uma gestão que não tem competência, não tem resultados para a população”, afirmou o tucano ao Uol.
Embora foque suas críticas à administração do prefeito Ricardo Nunes, a campanha de Tabata Amaral (PSB) também deverá expor o caso de Belém, fazendo um contraste com a administração de João Campos (PSB) no Recife.
Os problemas de Belém
Escolhida para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), em novembro de 2025, a cidade de Belém enfrenta problemas graves como a coleta de lixo. São pelo menos 35.739 pessoas com lixo não coletado no município.
A capital paraense também ocupa a décima posição no ranking das capitais com maiores percentuais da população vivendo em condições inadequadas de esgoto. São 212.370 habitantes sob esgotamento sanitário inadequado, segundo o IBGE.
Uma pesquisa do Instituto Paraná divulgada em julho de 2024 mostrou que 74,9% dos eleitores desaprovam a gestão do prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), candidato à reeleição.
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