Comando Vermelho lidera expansão territorial no RJ
Liderado pelo Comando Vermelho, o domínio de áreas pela criminalidade cresce e preocupa. Enfrentamentos trazem riscos à sociedade
O cenário de confrontos e disputas por territórios na Região Metropolitana do Rio de Janeiro continua a ser uma preocupante realidade. Recentemente, um estudo divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado e pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF) trouxe dados alarmantes sobre a dinâmica de expansão territorial de grupos armados, com destaque para o Comando Vermelho (CV).
Neste complexo panorama, observa-se que o Comando Vermelho não apenas está envolvido em numerosos enfrentamentos, mas também lidera em termos de conquista de novas áreas. Seguindo-o, temos as influentes milícias, além de outros grupos como o Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigos dos Amigos (ADA), todos participando ativamente desses embates por domínio.
Qual grupo armado lidera a conquista de territórios no Rio?
O Comando Vermelho se destaca por obter e também perder mais territórios, quando comparado a outros grupos. A maioria das áreas conquistadas por eles era anteriormente controlada pelas milícias, que representam 52,9% dessa transição territorial. Inversamente, as milícias e o TCP veem no CV a principal fonte de expansão, conquistando respectivamente 78,5% e 55,2% das áreas inicialmente sob domínio do Comando Vermelho.
As consequências dos confrontos para a sociedade civil
Além dos impactos diretos nos mapas de domínio, os confrontos trazem consequências severas para a população local. Segundo Maria Isabel Couto, diretora do Instituto Fogo Cruzado, esses confrontos exacerbam o medo, interrompem serviços essenciais como educação e transporte, e expõem os civis a riscos elevados.
Expansão e colonização de novas áreas
De acordo com Daniel Hirata, coordenador do GENI-UFF, a expansão territorial observada nos grupos armados é em grande parte um processo de colonização de novas áreas. Em 16 anos, os territórios sob domínio desses grupos dobraram, saltando de 9% para 18% do Grande Rio. Isso mostra não apenas a capacidade de organização dessas facções, mas também a dificuldade em contê-las uma vez que estabelecem controle sobre novas regiões.
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