Colégio Militar de Brasília afasta professor por ter dito que Brasil vive ‘retrocesso’ que ‘remete ao fascismo’
O Colégio Militar de Brasília decidiu afastar um professor que, em uma aula virtual na última terça-feira (2/6), disse que o Brasil vive "um retrocesso" e "isso remete a um fascismo que nós não queremos mais no mundo"...
O Colégio Militar de Brasília decidiu afastar um professor que, em uma aula virtual na última terça-feira (2/6), disse que o Brasil vive “um retrocesso” e “isso remete a um fascismo que nós não queremos mais no mundo”.
O professor de geografia, identificado como Major Cláudio, relatava a cena, do último domingo, em que um policial militar de São Paulo conduzia tranquilamente uma militante bolsonarista com um taco de beisebol na mão em protesto na Avenida Paulista.
Ele, então, comentou:
“Uma senhora branca, com uma bandeira do Brasil nas costas, alguma coisa assim, patriota de araque que ela é, com um tremendo taco de beisebol, para fazer o quê? O policial: ‘Não, minha senhora, saia daqui e tal’. Enquanto outros manifestantes foram tratados com bomba de gás lacrimogêneo. Então, dois pesos e duas medidas.”
O major, que dá aula para o nono ano do ensino fundamental, continuou:
“Para vocês refletirem em que mundo de escuridão a gente está se metendo. Estamos em um retrocesso, tá? E é este o problema: porque isso tudo remete a um fascismo e a gente não quer mais isso no mundo. Este mundo é de todos: brancos, negros, índios, de quem vocês quiserem, tá?”
Em vídeo divulgado no dia seguinte para pais e alunos, o comandante do colégio, coronel Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos (foto abaixo), anunciou o afastamento do docente.
“Um professor nosso resolveu fazer uma série de comentários nessa live. Realmente esse professor é nosso, do Colégio Militar de Brasília. O professor já foi afastado das aulas, da sala de aula, dessas lives, e já determinei a abertura de um processo administrativo para esclarecer a situação e apurar responsabilidades. É só o que eu tenho a dizer em relação a esse caso, que é um caso episódico, pontual, e assim será tratado.”
O comandante ainda emendou:
“O nosso foco tem que ser sempre o ensino, o aprendizado. Neste momento de uma crise tremenda, sem precedentes, em uma pandemia, a nossa preocupação tem que ser sempre de forma otimista, positiva, a gente tentar sempre buscar melhoria contínua desses processos. É o que a gente está fazendo aqui no colégio e vamos continuar fazendo sempre, com o intuito de levar cada vez mais o ensino de qualidade, boas aulas, atrativas aos lares de cada um dos nossos alunos.”
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