Cloroquina equivale a ‘produzir esperança’, diz ofício do Exército ao TCU
O Exército alegou ao TCU que produzir cloroquina "seria o equivalente a produzir esperança a milhões de corações aflitos com o avanço e os impactos da doença no Brasil e no Mundo"...
O Exército alegou ao TCU que produzir cloroquina “seria o equivalente a produzir esperança a milhões de corações aflitos com o avanço e os impactos da doença no Brasil e no Mundo”.
O ofício, assinado pelo comandante da 1ª Região Militar, foi enviado em 31 de julho ao TCU, e revelado nesta segunda (21) no Twitter pelo jornalista Luiz Fernando Toledo, da agência Fiquem Sabendo.
O documento foi obtido via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Em setembro deste ano, reportagem da CNN Brasil revelou que a empresa Sul Minas vendeu ao Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEx) pelo menos dois lotes de insumos importados para a fabricação de cloroquina por valor 167% mais alto do que ela mesma tinha cobrado em venda à mesma instituição dois meses antes.
O Exército só cobrou explicações por escrito à empresa depois de a compra, já finalizada, ter virado alvo de investigação no TCU.
O LQFEx já produzia cloroquina há vários anos, para o tratamento de malária – a doença para a qual o remédio foi desenvolvido. Mas ampliou a produção em 2020 para um suposto combate à Covid-19. Vários ensaios clínicos no mundo todo não encontraram eficácia contra essa doença.
O ofício do Exército revelado hoje também destaca “a autonomia do médico” para “oferecer o melhor tratamento disponível no momento”.
O ofício foi enviado em 31 de julho – mais de um mês depois de a OMS retirar a cloroquina do ensaio clínico ‘Solidariedade’.
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