Os irmãos Ciro e Cid Gomes (foto) travam uma disputa pelo poder no PDT com fogo aberto a partir desta segunda-feira (3).

Mais cedo, a executiva nacional do partido interviu no diretório estadual no Ceará, feudo da família Gomes.

O objetivo da intervenção foi impedir que Cid derrubasse o atual presidente do diretório, o deputado federal André Figueiredo, e assumisse o comando local.

Figueiredo é aliado do ex-presidenciável.

Cid já havia convocado uma reunião para esta sexta (7) com apoio de dois terços dos membros para pautar a destituição. O senador difere de seu irmão por querer firmar aliança com o PT no estado.

A intervenção, que perdurará até o fim do mandato de Figueiredo, em dezembro, contou com sete votos favoráveis, dentre eles o de Ciro.

Após sair de reunião na executiva nacional do PDT, Cid negou que deseje mudar de partido e afirmou estar decepcionado com seu irmão, com quem acreditava que se reconciliaria após divergências sobre o apoio do partido a Lula no segundo turno das eleições do ano passado.

“Tive um gesto de respeito à fraternidade, que eu não queria por fim com o Ciro. Em respeito a isso, me recolhi, achando que depois as coisas [melhorariam]”, disse o senador em referência a 2022.

“Infelizmente não é o que houve. Cada vez mais azedo, cada vez mais odiento, cada vez mais passional está o clima no PDT“, acrescentou.