A família Bolsonaro pretende utilizar as revelações da Folha de S. Paulo, que deram origem ao escândalo que O Antagonista apelidou de Vaza Toga, para embasar pedidos de nulidade de investigações contra o clã no Supremo Tribunal Federal (STF).

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A informação foi divulgada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em entrevista exclusiva ao programa Meio-Dia em Brasília desta sexta-feira, 16.

Os integrantes do clã são alvo de diversas investigações, todas comandas pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, no caso das joias sauditas, cartões de vacina e tratativas para um suposto golpe de estado.

O vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro são alvo de investigações sobre o uso ilegal da estrutura da Agência Brasileira de Investigações para monitorar adversários do grupo.

A Folha de S. Paulo revelou que o magistrado utilizou a estrutura do TSE para embasar apurações do Supremo. O intercâmbio de informações ocorreu fora do rito normal do Poder Judiciário.

Alexandre de Moraes foi parcial nas investigações contra o clã Bolsonaro?

Para Eduardo Bolsonaro, as revelações da Vaza Toga mostram a parcialidade de Moraes, o que ensejaria a nulidade de todos os atos encabeçados pelo ministro.

“Tudo o que é produzido, nesse bojo, é passível de nulidade. Então, o que a gente está pleiteando agora não é só o impeachment de Alexandre de Moraes, mas também a anulação de todos os atos e todos os processos que ele participou. Todos os processos que tiveram no polo passivo, como acusados, como réus, integrantes da família Bolsonaro ou pessoas conservadoras”, disse Eduardo Bolsonaro.

“Afinal de contas, fomos selecionados, escolhidos por uma pessoa que queria nos prejudicar. Essa pessoa não é mais digna de usar uma toga, de se dizer um juiz de um Estado Democrático de Direito”, declarou o parlamentar a O Antagonista.

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