Ciro Nogueira sobre mea culpa de Marina: “não chega a ser alguma coisa”
Presidente Nacional do Progressistas avalia que ministra do Meio Ambiente se manifestou como "meses de atraso"
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) comentou a declaração da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, admitindo insuficiência das ações do governo quanto às queimadas que se alastram pelo país.
“Com apenas alguns meses de atraso, a ministra do Meio Ambiente admite que as ações de combate ao fogo do governo que bate recorde em queimadas no Brasil foram insuficientes”, ironizou o senador.
E completou: “É melhor do que nada, mas não chega a ser alguma coisa”.
A ministra já passou por sabatina no Senado para explicar medidas adotadas para o enfrentamento ao fogo. Sob as críticas devido ao agravamento das queimadas no Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deve retornar ao Congresso Nacional para prestar esclarecimentos. Desta vez, sua ida está sendo negociada com a Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara dos Deputados.
O presidente da comissão, Rafael Prudente (MDB-DF), confirma que está pleiteando uma visita da ministra ao colegiado após as eleições municipais. O requerimento de convite à ministra do governo Lula já foi aprovado. Embora não seja obrigada a comparecer, Marina indicou que está disposta a enfrentar o debate na comissão, que inclui tanto a base aliada da Esplanada quanto a ala bolsonarista.
Queimadas do amor
Como mostramos, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, admitiu que a estratégia do governo para lidar com o período de estiagem e queimadas “não foi suficiente”, colocando o Brasil como “vítima” da mudança climática.
“O que nós estamos descobrindo agora é que [o planejado] não foi suficiente. E ter essa clareza e essa responsabilidade de não querer mascarar a realidade ou minimizar a realidade faz parte de uma postura republicana diante da sociedade”, afirmou a ministra em entrevista à Folha de S.Paulo, antes de embarcar para os Estados Unidos, onde participa Cúpula do Futuro, evento realizado durante a 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Questionada se o presidente Lula (PT) ficará constrangido ao tratar do tema na ONU, a ministra do Meio Ambiente negou.
“Temos a maior seca dos últimos 73 anos no pantanal, dos últimos 40 anos na amazônia. Isso não foi um fenômeno produzido pelo país”, disse Marina.
“O Brasil é vítima da mudança do clima. O Brasil é um país vulnerável”, acrescentou.
“Obviamente que, quando você está nesse lugar, você pode ser cobrado. Ser cobrado não é problema. Agora, obviamente que os países desenvolvidos, para cobrar, eles precisam também fazer o aporte dos recursos que ficaram acordados no Acordo de Paris [e que nunca foram feitos]. E o Brasil tem conseguido reduzir o desmatamento sem precisar de ajuda externa”, completou.
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