Cigarros eletrônicos possuem substâncias semelhantes a anfetamina, diz estudo
Há quem acredite que os cigarros eletrônicos contêm apenas vapor inofensivo, mas isso está longe da realidade.
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, são proibidos no Brasil, mas isso não impede que movimentem um mercado milionário devido ao contrabando.
Especialistas alertam que essas substâncias presentes podem potencializar o vício, especialmente quando combinadas com altas quantidades de nicotina.
E você sabe o que realmente compõe os cigarros eletrônicos?
Pesquisadores recentes identificaram uma substância semelhante à anfetamina em algumas marcas de vapes comercializadas ilegalmente no país.
Este artigo detalha as descobertas e os riscos associados ao uso desses dispositivos.
Alerta sobre os substancias perigosos nos Vapes
Há quem acredite que os cigarros eletrônicos contêm apenas vapor inofensivo, mas isso está longe da realidade.
Esses dispositivos escondem substâncias tóxicas e potencialmente cancerígenas, muitas das quais nem são listadas nas embalagens.
Pesquisas recentes identificaram a presença de octodrina, uma substância da família da anfetamina, em alguns vapes apreendidos em território brasileiro.
A Universidade Federal de Santa Catarina, em conjunto com a Polícia Científica do estado, identificou a octodrina em três marcas diferentes de vapes disponíveis no mercado ilegal.
Essa substância age no sistema nervoso central, provocando agitação e alterações no sistema cardiovascular, como taquicardia.
Substancias nos cigarros eletrônicos além da nicotina
Além da octodrina, os cigarros eletrônicos contêm outros componentes nocivos.
Alguns dos ingredientes mais comuns encontrados, especialmente em dispositivos contrabandeados, incluem:
- Glicerol
- Propilenoglicol
- Formaldeído
- Acetaldeído
- Acroleína
- Acetona
- Nicotina
Estes ingredientes são conhecidos por serem tóxicos e alguns até cancerígenos.
A nicotina, por sua vez, tem um grande potencial viciante, especialmente em jovens, que estão cada vez mais expostos a esses dispositivos.
Cigarros eletrônicos são mais tóxicos do que os comuns
Os vapes possuem um sistema aberto, permitindo que qualquer pessoa manipule o líquido que é vaporizado.
Muitos jovens influenciadores, como João Pedro, relatam usar vapes desde os 15 anos. Ele descreve seu vício como tão extremo que precisava acordar de madrugada para usar o dispositivo.
Um estudo recente da Vigilância Sanitária de São Paulo, em parceria com a Faculdade de Medicina da USP, revelou que usuários de vape possuem de três a seis vezes mais nicotina no organismo comparado aos fumantes de cigarros comuns.
Impacto na saúde pública
Médicos e especialistas alertam para os perigos dos cigarros eletrônicos, apontando que casos de internação, jovens viciados e doenças pulmonares são evidentes.
Segundo Margareth Dalcolmo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, esses dispositivos estão gerando uma nova geração de fumantes.
Ela destaca ainda que os vapes contêm substâncias altamente perigosas que aumentam o risco de vício e outras complicações de saúde, mostrando que o cigarro eletrônico não é uma alternativa mais segura aos cigarros convencionais.
Uso disseminado dos vapes
Embora proibidos, os cigarros eletrônicos são facilmente encontrados no mercado ilegal e nas ruas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 17% dos adolescentes entre 13 e 17 anos já utilizaram cigarros eletrônicos.
A fiscalização enfrenta desafios logísticos e operacionais para conter esse mercado ilegal.
Em 2024, a Receita Federal, juntamente com as polícias, apreendeu 615 mil unidades de vapes contrabandeados, totalizando cerca de R$ 27 milhões.
As fronteiras, especialmente com a Bolívia, são as principais portas de entrada.
Em suma, a presença de substâncias como a octodrina, junto a outros componentes tóxicos, reforça a necessidade de maior conscientização sobre os perigos dos cigarros eletrônicos.
As medidas de fiscalização e a educação sobre os riscos são essenciais para proteger especialmente os jovens brasileiros.
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