Cidades costeiras do Brasil sob risco com elevação do mar Cidades costeiras do Brasil sob risco com elevação do mar
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Cidades costeiras do Brasil sob risco com elevação do mar

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4 minutos de leitura 27.08.2024 17:01 comentários
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Cidades costeiras do Brasil sob risco com elevação do mar

ONU alerta para a urgência de ações climáticas diante da elevação do nível do mar que ameaça cidades costeiras em todo o mundo

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Cidades costeiras do Brasil sob risco com elevação do mar
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta preocupante sobre o aumento dos níveis do mar, colocando diversas cidades costeiras em risco, incluindo duas importantes localidades brasileiras. O relatório, divulgado nesta semana, aponta que a cidade do Rio de Janeiro e o distrito de Atafona, em São João da Barra, estão entre as regiões mais ameaçadas, com previsões alarmantes para as próximas décadas.

De acordo com reportagem do Estadão, entre 1990 e 2020, as duas cidades brasileiras mencionadas no relatório já registraram um aumento de 13 centímetros no nível do mar. A situação tende a se agravar, com projeções indicando que essa elevação pode alcançar entre 12 e 21 centímetros até 2050. Esses dados fazem parte de uma análise mais ampla que inclui várias cidades do G20, mostrando que as consequências do aquecimento global já são tangíveis e cada vez mais severas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, durante uma coletiva de imprensa, apelou para que líderes globais intensifiquem seus esforços no combate às mudanças climáticas. Segundo ele, a inércia diante dessa crise pode levar a um futuro de destruição para milhões de pessoas ao redor do mundo, especialmente em áreas costeiras.

O Impacto do aquecimento global

A principal causa do aumento do nível dos oceanos é, sem dúvida, a ação humana, conforme detalhado no relatório. A queima de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa estão acelerando o aquecimento global, resultando em um impacto direto sobre os oceanos. Os mares absorveram 90% do excesso de calor gerado desde 1970, o que contribuiu significativamente para a elevação do nível das águas.

O relatório da ONU também destaca o derretimento das geleiras como um dos principais fatores para o aumento do nível do mar. Entre 2006 e 2018, o derretimento de gelo foi responsável por 45% dessa elevação. Alarmantemente, os últimos sete anos foram os piores em termos de perda de gelo, colocando ainda mais pressão sobre os oceanos.

O aquecimento global, se mantido no patamar atual, pode levar a um cenário catastrófico em que quase toda a Groenlândia e grande parte da Antártida ocidental derretam. Isso pode resultar em um aumento do nível do mar de até 77 centímetros até o final do século, caso as temperaturas subam 4,4ºC, conforme o pior cenário previsto.

Lugares mais vulneráveis

Enquanto o impacto do aumento do nível do mar é sentido globalmente, algumas regiões estão mais expostas do que outras. As pequenas ilhas do Pacífico são particularmente vulneráveis, com projeções indicando um aumento do nível do mar até 30% acima da média global. Nessas ilhas, 90% da população vive a apenas 5 quilômetros da costa, tornando a situação ainda mais crítica.

Além das ilhas do Pacífico, cidades costeiras em todo o mundo, especialmente nos países do G20, estão em risco. Localidades como Atlantic City, Nova York e Shanghai podem ver o nível do mar subir entre 24 e 41 centímetros até 2050, conforme o relatório.

Diante desse cenário alarmante, a ONU reforça a necessidade de ações urgentes. Guterres enfatiza que cortes profundos e sustentáveis nas emissões de gases de efeito estufa são essenciais para limitar o aquecimento global a 1,5°C. Isso exigiria uma redução das emissões globais em 43% até 2030 e em 60% até 2035, em comparação com os níveis de 2019.

Além disso, a ONU destaca a importância da justiça climática, instando os países do G20 a contribuir significativamente para o Fundo de Perdas e Danos, destinado a apoiar nações que sofrem os impactos mais severos das mudanças climáticas. O financiamento e o suporte a países vulneráveis devem ser ampliados imediatamente para evitar uma crise global de proporções ainda maiores.

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