“Choro de perdedor”, diz Paulo Pimenta, sobre manifestações deste domingo
Segundo dados da Polícia Militar, a manifestação deste domingo reuniu aproximadamente 600 mil pessoas
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, foi às redes sociais criticar as manifestações deste domingo. Para o petista, o que se viu na avenida Paulista foi “choro de perdedor”.
“No futebol o que decide é bola na rede. Na política é voto na urna. Torcida de quem perde dizer que a culpa foi do juiz não é novidade. Mas não podemos jamais permitir violência e tentativa de virar a mesa. Quem não sabe perder não pode jogar”, disse o ministro.
“Quem usa da violência para constranger ou agredir arbitragem para tentar impor resultado fora da regra é expulso. Torcedor e dirigente que invade campo para promover quebra-quebra vai preso. Quem insiste em jogar sujo é banido. O choro de perdedor é livre mas não muda resultado de dentro do campo”, acrescentou.
Segundo dados da Polícia Militar, a manifestação deste domingo reuniu aproximadamente 600 mil pessoas na Paulista e mais 150 mil nas ruas adjacentes. Já um estudo da USP aponta que o público real foi de 185 mil presentes.
Durante o ato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou citar o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, e disse buscar “a pacificação para passar uma borracha no passado”.
Afirmou ainda que nenhum “mal é eterno” e que o “abuso por parte de alguns trazem insegurança para todos nós”.
“Tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar uma maneira de nós vivermos em paz, é não continuarmos sobressaltados.”
Bolsonaro pediu ainda anistia “para aqueles pobres coitados” que foram presos pelo 8 de Janeiro:
“Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos, a conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil, agora nós pedimos a todos os 513 deputados um projeto de anistia para que seja feita Justiça em nosso Brasil, e quem porventura depredou o patrimônio, que nós não concordamos, que pague.”
No discurso, Bolsonaro disse ainda que tem levado “pancadas” e falou em “perseguição”.
“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, disse. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência.”
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