Acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o deputado Chiquinho Brazão (sem-partido-RJ, foto), solicitou ao presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, deputado Leur Lomanto Jr (União-BA), que realize um novo sorteio para a relatoria de seu processo de cassação.

Preso desde março, o parlamentar ficou insatisfeito com a escolha da deputada Jack Rocha (PT-ES) como relatora.

A defesa de Brazão alegou, em representação enviada à comissão, que a petista já tem posição, o que poderia comprometer seu direito de defesa e a imparcialidade do processo.

A escolha de Jack Rocha

A deputada Jack Rocha pertence à segunda lista tríplice de deputados escolhidos pelo Conselho de Ética da Câmara para fazer a relatoria do processo de Chiquinho Brazão.

Inicialmente, o presidente do Conselho, Leur Lomanto Jr, sorteou os deputados Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos-RR) como possíveis relatores, mas os três recusaram a tarefa.

Com a recusa, uma nova lista tríplice foi sorteada e, a partir dela, a deputada do PT foi escolhida para relatar o processo.

A manutenção da prisão

No início de abril, a Câmara aprovou a manutenção da prisão preventiva do deputado, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O placar foi de 277 votos a favor, 129 contrários e 28 abstenções.

A deputada Jack Rocha votou a favor da manutenção da prisão.

Brazão é acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. O crime aconteceu em 2018, quando o atual parlamentar também era vereador pela capital fluminense.

Quanto Chiquinho Brazão custa à Câmara?

Preso desde 24 de março de 2024, o deputado Chiquinho Brazão (sem-partido-RJ) custou à Câmara pelo menos 169 mil reais.

Do salário bruto 44.008,52 reais, ele recebeu 24.099,58 reais após os descontos, que incluem imposto de renda, contribuição previdenciária e deduções por faltas “não justificadas”.

Com 25 servidores comissionados, o gabinete de Brazão foi pago normalmente em abril, ao custo de 125.460,84 reais.