De acordo com a UOL, em uma nova estratégia de guerra, a China fez uma réplica do USS Gerald R. Ford, o maior navio de guerra do mundo, para testar a eficácia de seus mísseis. A construção feita em dimensões reais foi identificada em um deserto no nordeste do país por uma imagem de satélite da empresa americana Planet Labs.

Um alvo no deserto

O USS Gerald R. Ford, é o primeiro superporta-aviões de nova geração americano. No final do ano passado, o navio foi movido ao Oriente Médio pelo governo de Joe Biden para apoiar a guerra de Israel contra o Hamas. A réplica chinesa, com 330 metros como o navio real, foi construída em um campo de teste de mísseis em Xinjiang, visível em imagens de outubro passado.

Simulando a assinatura de radar

Para simular a assinatura radar do Ford, o modelo chinês foi cercado de mastros especiais com defletores, dispensando a necessidade de construir um navio completo. Esta prática não é inédita. Ano passado, imagens do deserto já revelava maquetes de outros navios de guerra dos EUA.

A prioridade estratégica da China

Do ponto de vista militar, a China visa garantir a segurança de suas rotas marítimas e projetar poder sobre elas, fundamental para segunda maior economia do mundo. Este plano passa pela militarização do mar do Sul da China, área que Pequim alega ser 85% sua, posição contestada pelos EUA e os aliados, levando a constantes disputas marítimas.

Desenvolvendo capacidades de guerra

Para ter sucesso em futuros conflitos militares, a China precisa negar a navegação de forças hostis longe de sua costa. Desta forma, o desenvolvimento de mísseis antinavio, inclusive modelos hipersônicos, é de vital importância. No relatório anual do Pentágono, divulgado em novembro, a organização apontou a crescente capacidade da China em vigilância através de satélite e drones, capazes de monitorar as forças americanas a milhares de quilômetros de distância.

O poderio marítimo da China

Embora a Marinha chinesa seja maior em números brutos, ainda não possui a mesma capacidade de projeção de poder que os EUA. Atualmente, a China conta com 6 submarinos e 2 porta-aviões em funcionamento. No entanto, um terceiro porta-aviões, seguindo o modelo Gerald Ford, já está em testes, e um quarto está em produção.