China quer que Eduardo peça desculpas por ‘comportamento totalmente errôneo e inaceitável’
Depois de questionar, no Twitter, se Eduardo Bolsonaro, estaria "cumprindo os seus deveres como deputado", a Embaixada da China voltou a criticar o 03 pela ligação que fez do regime com a pandemia do novo coronavírus. Afirmou que são "acusações desfundamentadas" e que o filho do presidente estaria "difamando o nosso sistema político"...
Depois de questionar, no Twitter, se Eduardo Bolsonaro, estaria “cumprindo os seus deveres como deputado”, a Embaixada da China voltou a criticar o 03 pela ligação que fez do regime com a pandemia do novo coronavírus.
Afirmou que são “acusações desfundamentadas” e que o filho do presidente estaria “difamando o nosso sistema político”.
“Manifestamos nossa profunda indignação e forte protesto pela atitude irresponsável do deputado Eduardo Bolsonaro”.
“Como deputado federal e figura pública especial, as palavras do Eduardo Bolsonaro causaram influências nocivas, vistas como um insulto grave à dignidade nacional chinesa, e ferem não só o sentimento de 1.4 bilhão de chineses, como prejudicam a boa imagem do Brasil no coração do povo chinês”, continua a longa nota.
“Geram também interferências desnecessárias na nossa cooperação substancial. Tal comportamento é totalmente errôneo e inaceitável, veementemente repudiado pelo lado chinês.”
A nota informa que o embaixador Yang Wanming comunicou ao chanceler Ernesto Araújo “a nossa posição solene” e que a embaixada tem “pleno conhecimento da política externa brasileira com a China e acreditamos que as suas linhas não houve qualquer mudança”.
Acrescentou, no entanto, que “não aceitou a gestão feita pelo chanceler Ernesto Araújo” ontem e voltou a pedir desculpas de Eduardo ao povo chinês pela “provocação flagrante”.
“O lado chinês defende sempre e de forma resoluta os seus princípios e jamais será ambíguo e tolerante com qualquer prática que afronta os seus interesses fundamentais.”
A nota diz que a relação entre Brasil e China “tem se desenvolvido de forma saudável e estável” e cita encontro entre Jair Bolsonaro e Xi Jinping no ano passado.
“O Diálogo Estratégico Global China-Brasil foi realizado com pleno sucesso, fazendo com que a nossa confiança política mútua seja consolidada.
Desde o surto do COVID-19, os nossos dois países têm mantido contatos estreitos e amistosos. O Presidente Bolsonaro manifestou a solidariedade para com o governo e povo chinês, razão pela qual o lado chinês agradece muito. Atualmente, de acordo com o pedido do Ministério de Saúde do Brasil, estamos ajudando o país a adquirir os materiais médicos mais urgentes da China.”
A nota termina de forma amistosa. Afirma que a China tem recebido “apoio e solidariedade de todos os setores da sociedade brasileira” e que “os que atrapalham o desenvolvimento das relações bilaterais se limitam a uma minoria na população brasileira, enquanto a maioria esmagadora está em defesa da nossa fraternidade”.
“Esperamos que o Itamaraty possa tomar ciência do grau de gravidade desse episódio e alertar o deputado Eduardo Bolsonaro a tomar mais cautela nos seus comportamentos e palavras, não fazer coisas que não condigam com o seu estatuto, não falar coisas que prejudiquem o relacionamento bilateral e não praticar atividades que danifiquem a nossa cooperação.”
“Temos a certeza de que o Itamaraty certamente vai levar em consideração o quadro geral das relações sino-brasileiras e envidar esforço junto conosco para salvaguardar o ambiente favorável do nosso relacionamento”, finaliza.
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