Chega de propaganda oficial
O uso de dinheiro público para alimentar blogs a serviço do PT é só a face mais asquerosa de um absurdo que, no Brasil, atingiu proporções tiranossáuricas: a propaganda oficial...
O uso de dinheiro público para alimentar blogs a serviço do PT é só a face mais asquerosa de um absurdo que, no Brasil, atingiu proporções tiranossáuricas: a propaganda oficial.
Os brasileiros precisam começar a perguntar-se qual é a utilidade de o governo fazer propaganda, a não ser as de promover o partido que está no poder, comprar a simpatia de veículos de comunicação (ou os próprios veículos de comunicação, como faz o PT) e encher as burras dos encarregados direta ou indiretamente da distribuição das verbas publicitárias. Objetivos que nada têm a ver com o interesse dos cidadãos que pagam a conta.
Apenas em 2013 (os números de 2014 ainda não foram fechados), o governo federal gastou 2,3 bilhões de reais com propaganda. Essa cifra o transformou, naquele ano, no quarto maior anunciante do país, atrás da Unilever, Casas Bahia e o laboratório Genomma, e bem à frente da Ambev (1,8 bilhão), a quinta colocada. Nos âmbitos estadual e municipal, o modelo é replicado, com poucas variações.
Em país decente, propaganda oficial só existe para divulgar campanhas de caráter emergencial ou convocatório. Na França, quando o governo resolveu fazer uma campanha para trombetear o seu plano de competitividade, a grita foi geral: como François Hollande havia se atrevido a gastar 2 milhões de euros com essa sandice? Dois milhões de euros, diga-se, é menos do que Dilma Rousseff doou aos blogs sujos em 2014.
O Antagonista é contra propaganda oficial. A melhor forma de divulgar um bom governo é fazer um bom governo. A forma mais abjeta de sustentar um mau governo é fazer propaganda dele. Quanto à publicidade das empresa estatais, vamos além: que todas, sem exceção, sejam privatizadas. Caberá aos seus proprietários estabelecer quanto gastarão com anúncios e comerciais. Garantimos que eles serão bem mais criteriosos do que o governo.
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