Chefe de gabinete de Paes fazia pagamentos em espécie, diz delator
Em sua delação, Renato Pereira contou que acertou novos trabalhos para as pré-campanha e a campanha de 2016 à Prefeitura, numa reunião com Eduardo Paes e Pedro Paulo...
Em sua delação, Renato Pereira contou que acertou novos trabalhos para as pré-campanha e a campanha de 2016 à Prefeitura, numa reunião com Eduardo Paes e Pedro Paulo.
Eles concordaram em pagar, na primeira fase, R$ 360 mil por mês ao marqueteiro. Parte do dinheiro foi entregue pelo próprio chefe de gabinete de Paes.
“Passei a receber em espécie cerca de R$ 180 mil mensais de Leonardo, funcionário da Prefeitura, cujo sobrenome não me recordo. Lembro de, certa vez, ter ido à residência dele, na rua Fonte da Saudade, retirar valores.”
“Os R$ 180 mil mensais restantes eram pagos irregularmente – motivo pelo qual havia necessidade de acertos periódicos – e providos por Fernando Duba, assessor de Pedro Paulo, ou Bernardo Fellows, então chefe de gabinete de Eduardo Paes. Nos casos em que o pagamento era realizado por Bernardo Fellows, o encontro para recimento de valores era marcado em um posto de gasolina ao lado do Condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca.”
Pereira revelou também que parte do dinheiro foi pago por Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde de Cabral, também preso pela Lava Jato.
O marqueteiro-delator disse também que, numa reunião para a campanha em si, Paes e Pedro Paulo lhe disseram que duas empresas financiariam o trabalho, via caixa 2: a Carvalho Hosken e o Grupo Guanabara, de Jacob Barata.
Com medo da Lava Jato, ele renegociou o contrato num valor mais baixo para que tudo corresse na legalidade. Antes, porém, Paes lhe pediu que fizesse um último pagamento por caixa 2 no valor de R$ 2 milhões. Quem pagou? Jacob Barata.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)