CGU exige demissão de Weintraub da Unifesp
O ex-ministro da Educação foi alvo de uma investigação interna da universidade por faltas injustificadas entre outubro de 2022 e setembro de 2023
A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou a demissão de Abraham Weintraub (foto), ex-ministro da Educação, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltar ao serviço sem justificativas.
A portaria com a demissão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 7.
Ele e a esposa, Daniela Baumohl Weintraub, eram alvos de uma investigação interna da universidade por faltas injustificadas entre outubro de 2022 e setembro de 2023.
Segundo a CGU, foram comprovadas 218 faltas não justificadas ao serviço na Unifesp.
Como professor do magistério superior desde 2014, Weintraub deveria cumprir carga horária de 40 horas semanais.
A CGU também determinou que o ex-ministro de Bolsonaro fique impedido de ser nomeado ou tomar posse de cargos de comissão ou de confiança do Poder Executivo pelo prazo de oito anos.
Segundo o Portal da Transparência, Weintraub começou a receber mensalmente da Unifesp uma quantia bruta de 4.520,16 reais. O valor foi pago entre junho de 2022 e março de 2023.
Em agosto de 2023, no entanto, o ex-ministro afirmou, em live, estar afastado da universidade desde 2018, quando pediu licença não remunerada.
Após a denúncia de que Weintraub estava recebendo salários sem trabalhar, a Unifesp suspendeu o pagamento como medida preventiva.
Segundo a Folha de S.Paulo, o escritório Hadano Tanaka Advogados, que representa Weintraub, afirmou ter protocolado o primeiro pedido de licença em dezembro de 2022. No entanto, o pedido foi negado com base em uma portaria interna que impedia o afastamento para tratar de assuntos pessoais durante a pandemia.
O escritório informou que protocolou um novo pedido em fevereiro de 2023, já que a portaria interna tinha prazo até março. Segundo eles, a universidade só respondeu aos advogados do cliente em abril, negando novamente o pedido. Isso gerou estranheza, uma vez que a chefia do curso e seu conselho haviam aceitado a solicitação, mas a pró-reitoria e a reitoria foram contrárias.
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