Centrão quer a cabeça da ministra da Saúde
Durante reunião ministerial nesta segunda-feira, 18 de março, a ministra da Saúde, Nísia Trindade tomou uma bronca do presidente Lula e se emocionou em meio à pressão pela sua cadeira
Durante reunião ministerial nesta segunda-feira, 18 de março, a ministra da Saúde, Nísia Trindade tomou uma bronca do presidente Lula e se emocionou ao falar, em contexto de pressão crescente pela sua cadeira.
De acordo com coluna do Estadão, a ministra tentou se justificar por aspectos da sua gestão que têm sido criticados: o combate à dengue, a crise da Terra Yanomami e, mais recentemente, e estado dos hospitais federais no Rio (No domingo, 17, o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma reportagem sobre materiais vencidos e falta de atendimento nos hospitais federais do Rio.)
Lula ainda afirmou que o Ministério da Saúde precisa deixar claro que “a dengue não é a covid”. Para o presidente, que chama o ex-presidente Jair Bolsonaro de “genocida” por sua atuação na pandemia, a pasta precisa comunicar melhor o que tem feito para evitar a proliferação da doença.
Importantes jornais internacionais veem noticiando o surto de dengue no Brasil.
O jornal britânico The Telegraph publicou nessa segunda-feira, 18 de março, uma matéria sobre o surto de dengue sem precedentes que surgiu no Brasil: “Hospitais e médicos estão no limite depois que mais de 1,5 milhão de pessoas contraíram o vírus neste ano”, escreveu o jornal, alertando que “o país luta contra uma epidemia que está esgotando os recursos e se espalhando muito além das áreas tradicionalmente afetadas”
A trágica situação dos yanomami também tem tido repercussão internacional.
A crise foi o mote de um artigo publicado em fevereiro, na revista de notícias semanal estadunidense, Newsweek, no qual um jornalista brasileiro, radicado na Bélgica escreveu “Resta pouca esperança para o terceiro mandato de Lula. Mais uma vez, os indígenas do Brasil foram usados como ferramenta de propaganda e promessas de campanha vazias, sem qualquer mudança real.”
Outro ponto julgado problemático é a relação da ministra da Saúde com o mundo político. O centrão reclama de dificuldade no acesso a emendas da pasta, motivo pelo qual, segundo coluna do Estadão, o Centrão pede a sua cabeça.
A reunião ministerial desta segunda-feira aconteceu no Palácio do Planalto após pesquisas indicarem queda na aprovação do governo.
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