Celso Amorim se reúne com chanceler de Maduro na Venezuela
Assessor especial de Lula, que vê “democracia consolidada” na Venezuela, chegou a Caracas na sexta-feira
O assessor especial da Presidência Celso Amorim (foto), enviado de Lula para acompanhar a eleição na Venezuela, se reuniu na noite de sexta-feira, 26 de julho, com o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil.
Amorim, que comanda a política externa brasileira, desembarcou em Caracas no final da tarde. As eleições estão marcadas para o domingo, 28.
“Foi um encontro cordial, quase protocolar, em que ele [Gil] expôs a visão do governo sobre o processo eleitoral”, afirmou o ex-chanceler à Folha.
No X, o chanceler de Nicolás Maduro afirmou que os dois conversaram sobre “o ambiente de paz que vive a Venezuela e da impecável organização do processo eleitoral” do país.
Em entrevista ao jornal O Globo na última terça-feira, Amorim afirmou que a eleição na Venezuela é uma “ocasião de demonstrar que a democracia está consolidada e que não há razão para sanções“.
Segundo a ONG venezuelana Acesso à Justiça, 125 pessoas foram detidas por razões políticas, sendo 102 ligadas à líder da oposição, María Corina Machado. Seis pessoas da direção do partido de María Corina refugiaram-se na Embaixada da Argentina, em Caracas. Outros 46 venezuelanos foram presos por prestar serviços ou vender produtos para a oposição durante os comícios da oposição pelo país ou em eventos públicos.
O candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, e a líder da oposição, María Corina, têm enfrentado bloqueio de estradas para chegar aos comícios. Frentistas de postos de gasolina se recusam a abastecer seus carros com medo de represálias. A equipe também teve carros vandalizados por chavistas. Um imóvel em que eles estavam hospedados foi assaltado.
Ditadura de Maduro barra observadores
A ditadura de Nicolás Maduro, como mostramos, não permitiu a participação de observadores da oposição na instalação das urnas nos centros de votação no país e no exterior na sexta-feira.
Diversos venezuelanos que estavam credenciados como testemunhas no Conselho Nacional Eleitoral não puderam ter acesso aos centros de votação para acompanhar a instalação das urnas.
Em Brasília, um venezuelano não foi autorizado a entrar no centro de votação que fica dentro da Embaixada da Venezuela na capital federal nesta quinta, 25.
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