Castro vai pressionar Motta pela revogação dos vetos de Lula
Governador do Rio de Janeiro se alia a deputados da bancada fluminense e busca diálogo com o líder isolado na disputa pela presidência da Câmara para discutir a dívida dos Estados
Hugo Motta (Republicanos-PB), com a presidência da Câmara ao alcance, será alvo de uma cobrança que vem ganhando força entre governadores e parlamentares de diferentes bancadas: a derrubada dos vetos de Lula sobre a renegociação da dívida dos Estados. Um jantar com a bancada fluminense e o governador Cláudio Castro (PL), nesta terça-feira, 28, vai abrir a discussão com Motta sobre o tema.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também é aguardado para o encontro, que está agendado para ocorrer em um restaurante no Aterro do Flamengo.
O governador e os parlamentares se organizam para pressionar Motta pelas sanções impostas às unidades da federação após a aprovação da Lei que criou um programa específico para mediar a relação dos Estados devedores com a União, o PROPAG.
Lula decidiu vetar partes do projeto que, segundo gestores estaduais, podem afetar negativamente o resultado primário das finanças públicas. A proibição da utilização de recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento Regional para amortizar a dívida e de mecanismos de compensação para estados que realizam obras de competência federal estão entre os principais motivos que movimentam a oposição aos vetos.
Após o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), se manifestar contra os vetos e anunciar medidas para angariar o apoio de outros gestores, Cláudio Castro passou a incentivar a bancada carioca a pressionar Hugo Motta pela derrubada.
Para Caiado, “Sem dúvida, os vetos do presidente comprometeram o projeto original. Em 2024, Goiás pagou R$ 1 bilhão em débitos com a União. Hoje as parcelas consomem parte da arrecadação, enquanto a dívida segue crescendo e perdemos a capacidade de investimento. Esse processo de agiotagem não pode continuar”.
Crítica de Claudio Castro
Castro se manifestou, tanto por meio de nota quanto nas redes sociais, alegando que os vetos romperam um acordo pré-existente.
“Infelizmente, com essa decisão, vamos ter que reavaliar nossa política de investimentos. Os concursos para a Segurança Pública serão comprometidos, os investimentos nos hospitais de câncer de Nova Friburgo e Duque de Caxias precisarão ser repensados”, afirmou.
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Comentários (1)
ARAGUACI FAUSTINO DA SILVA
28.01.2025 17:05No caso de Goiás basta repassar a Saneago e resolvia boa parte da dívida. Mas solução ninguém quer. O que querem é o embate político-ideológico. É a velha luta pelo poder. O Povo que se lasque.