Castro fala em “vitória de sociedade” e compara Zinho a mafioso
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou a prisão de Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho como uma "vitória da sociedade" e comparou atuação do miliciano à de um...
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou a prisão de Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho como uma “vitória da sociedade” e comparou atuação do miliciano à de um mafioso.
“Essa é mais que uma vitória das polícias e do plano de segurança, mas da sociedade. A desarticulação desses grupos criminosos com prisões, apreensões e bloqueio financeiro e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo”, disse.
Desde 2021, Zinho comanda a milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, da Zona Oeste carioca. Ela é considerada a maior do estado do Rio de Janeiro. Ele estava foragido desde 2018 e somava 12 mandados prisão.
Na noite de domingo, 24, o miliciano se entregou à Polícia Federal.
A prisão se deu após negociações entre a defesa do miliciano, a PF e a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
Após se entregar e cumprir o processo de triagem, Zinho foi levado para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1. O presídio é de segurança máxima e ele está em uma galeria reservada exclusivamente a milicianos.
A declaração de Castro foi dada no domingo, após a prisão de Zinho. Também se pronunciou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Nas redes sociais, ele parabenizou a PF pelo trabalho. “Parabéns à Polícia Federal! É trabalho, trabalho e trabalho”, disse.
Nos últimos meses, a Polícia Federal realizou várias operações para capturar Zinho. A última delas foi a Operação Dinastia 2, no dia 19 de dezembro. Houve prisão de cinco pessoas.
Esta operação teve como foco o grupo financeiro da milícia. Investigações da polícia apontaram para o fato de empreiteiras serem obrigadas a pagar para milícia taxas por obras. Havia cobranças irregulares, inclusive sobre obras em andamento da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Deputada afastada
A deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), mais conhecida como Lucinha, foi afastada do cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na segunda-feira, 18, sob acusação de ligação com a milícia.
A parlamentar foi alvo da Operação Batismo, que investiga sua relação com a milícia de Zinho. Segundo a investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), as mensagens trocadas entre a deputada e o miliciano Domício Barbosa, conhecido como Dom, sugerem uma relação “fraternal”, “que transcende a amizade”.
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