Cassado em primeira instância, o prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil, foto) tomou posse nesta quarta-feira, 1º de janeiro, em cerimônia no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG).

No evento, Mabel afirmou que o foco inicial da gestão será a limpeza da cidade.

“Vamos começar limpando a cidade. Dentro de alguns meses, o lixo será uma coisa do passado. Iniciaremos com mutirão de limpeza em todas as regiões da cidade”, disse.

“Teremos mutirões em todas as regiões para desencardir Goiânia. Além disso, vamos trabalhar ações para o trânsito, saúde e educação”, acrescentou. “Quando se implanta uma taxa de lixo, como fizemos por uma obrigação da Justiça, nós não podemos prevaricar em nenhum momento.”

Mabel também prometeu colocar pelo menos umas 5 mil crianças na creche até março, organizar o trânsito e garantir, em 30 dias, plantão pediátrico em todos os Cais e todas as UPAs.

A cassação de Sandro Mabel

Em dezembro, a juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), determinou a cassação do registro de Sandro Mabel e da vice-prefeita eleita, Coronel Cláudia (Avante) em função do uso do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, para a realização de eventos de campanha.

Além deles, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foi condenado por abuso de poder político durante a eleição municipal de 2024 e tornado inelegível por oito anos.

Na sentença, a magistrada citou falas atribuídas ao prefeito eleito, por meio das quais ele teria pedido voto aos presentes.

“Eu tive a alegria de andar com vocês nessa cidade inteira, uma cidade que vocês… Eu senti o quanto vocês amam essa cidade também, os bairros de cada um, as esperanças de cada um. Mas é exatamente essa gratidão que eu tenho pra vocês e a esperança que eu tenho com vocês é que eu quero dizer pra vocês que o sonho não terminou. Hoje eu sou um cara amadurecido, eu tenho 52 anos de gestão e é por isso que junto com vocês nós vamos construir a melhor capital do Brasil para se morar, para se viver, pra passear, pra fazer tudo que tem aqui! No Estado onde nós temos o melhor governador do Brasil com 86% de aprovação!”, afirmou Mabel.

Segundo a sentença, os trechos em negrito configuram o “uso de palavras mágicas” para disfarçar o pedido direto de votos.

Como a decisão é de primeira instância, ainda cabe recurso.

A ação foi movida pelo PL de Fred Rodrigues, candidato derrotado por Mabel no segundo turno.