Caso Transpetro: PF não vê elementos para incriminar Renan
Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, a delegada da Polícia Federal Lorena Lima Nascimento informou não ter conseguido obter provas que liguem o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ao esquema de corrupção na Transpetro, subsidiária da Petrobras...
Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, a delegada da Polícia Federal Lorena Lima Nascimento informou não ter conseguido obter provas que liguem o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ao esquema de corrupção na Transpetro, subsidiária da Petrobras.
O caso é relatado por Edson Fachin e tem como base a delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
Na delação, Machado afirmou que Renan teria cobrado propina para beneficiar o consórcio responsável pela construção do Estaleiro Tietê. O repasse indevido, de até R$ 4 milhões, teria ocorrido por meio de doações ao MDB alagoano nas eleições de 2010.
De acordo com a denúncia, oferecida em 2017, o pagamento de propina teria ocorrido por meio do empresário Wilson Quintela e correspondia a 1% do valor do contrato com o estaleiro.
Após mais de 5 anos, porém, a PF concluiu não haver provas de corroboração da delação de Machado.
“Quanto aos fatos objeto da presente investigação, nenhum dos colaboradores, nos presentes autos, pôde, de fato, validar as suas respectivas versões, uma vez que não trouxeram aos autos elementos suficientes a confirmá-las, bem como as investigações não tiveram o condão de trazer elementos que confirmassem os respectivos depoimentos dos colaboradores”, informou a delegada ao STF.
Segundo Lorena, “os documentos produzimos nos autos também não foram aptos a demonstrar uma ligação direta entre os pagamentos de propina destinados ao então presidente da Transpetro e sua destinação final, ainda que parcialmente, ao parlamentar investigado José Renan Vasconcelos Calheiros”.
Se Machado mentiu, a benesses de seu acordo não deveriam ser canceladas?
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