O recente caso que chocou Manaus envolvendo a família Cardoso e seu grupo religioso “Pai, Mãe, Vida” continua sendo desenrolado pela polícia local com novos e alarmantes detalhes. A investigação, que começou a ser conduzida após a misteriosa morte de Djidja Cardoso, alegadamente ligada ao uso indiscriminado de cetamina, aponta para uma prática de consumo da substância dentro do grupo que buscava uma “falsa plenitude espiritual”.

Hatus Silveira, que se apresenta como coach nas redes sociais e foi recentemente preso, estava supostamente envolvido neste complexo caso. Apesar de ter afirmado à polícia que se afastou do grupo após alertas médicos sobre os riscos da cetamina, os fatos parecem desenhar uma narrativa diferente, com Silveira e membros da família ainda participando de atividades que envolviam a substância.

Qual o papel da cetamina no grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”?

A cetamina, uma substância inicialmente utilizada para fins anestésicos em ambientes médicos, foi supostamente promovida dentro do grupo como um caminho para experiências espirituais mais profundas. Segundo depoimentos, a família Cardoso, incluindo Djidja, seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar, eram os principais incentivadores do uso da droga.

Uso indevido sob influência espiritual

O ex-namorado de Djidja, Bruno, também se viu enredado nesta teia quando fez uma tatuagem alusiva ao grupo. Ele relatou que foi forçado a encobrir o desenho após se distanciar da família e do grupo religioso, indicando um arrependimento e a busca por desvincular-se dessas práticas perigosas.

Como a polícia está lidando com este caso?

Desde o início das investigações, a polícia tem intensificado as buscas por mais evidências e testemunhos que possam esclarecer a estrutura e os objetivos do grupo “Pai, Mãe, Vida”. A operação já resultou na prisão de dois funcionários de uma clínica veterinária, suspeitos de fornecer cetamina ao grupo, além das prisões de membros da família Cardoso e de Hatus Silveira.

Declarações e evidências problemáticas

Em depoimento, Hatus Silveira contou que Djidja o surpreendeu com uma aplicação de cetamina durante um encontro na casa da família. Este evento sugere que a droga não apenas era utilizada como também era administrada de maneira coercitiva, aumentando a gravidade das ações do grupo.