Casal descobre golpe de falso casamento
Descubra no texto como um casal do Rio de Janeiro foi vítima de um falso casamento. Saiba como eles descobriram a fraude
No Rio de Janeiro, um casal descobriu, dias depois da cerimônia realizada com grande festa, que o seu casamento, oficializado por um suposto “juiz de paz eclesiástico”, era, na verdade, uma farsa. Os renovos, Anderson Costa e Paloma Ferreira da Silva, ficaram chocados com a descoberta de que a certidão emitida possuia carimbo e brasão da República Falsos. O caso agora está sendo investigado pela polícia.
Como a farsa foi revelada
“Minha cunhada, a irmã dela, foi a primeira a casar, antes de mim. Ela ganhou neném, e quando foi registrar a menina, o cartório informou que a certidão de casamento era falsa. Foi aí que desconfiei e entrei em contato com ele (suposto juiz): ‘estou sabendo que a certidão de casamento era falsa. A minha também é?’ Aí, ele me pediu um tempo. Dois dias depois, me ligou e confirmou que a minha era falsa” relata a noiva Paloma Ferreira da Silva.
A certidão falsa trazia todos os dados, incluindo números e até o endereço do Tribunal de Justiça do Rio, o órgão responsável pela fiscalização dos cartórios. No documento, o responsável era identificado como “presidente Ismael de Souza Martins”.
Defesa dos pastores envolvidos nega participação no golpe
Ismael tem vínculos com a igreja evangélica que o casal frequenta em Duque de Caxias. Os pastores da congregação foram os que indicaram o falso juiz para o casamento. No entanto, a defesa dos pastores negou que eles tenham relação com as atividades ilícitas atribuídas a Ismael Martins, afirmando que estão colaborando com a polícia e que também são vítimas do golpe.
A esposa do “juiz de paz”, Myrian Maria de Souza, uma vez presa por golpes semelhantes, nega que as certidões sejam falsas e afirmou ter provas documentais que comprovam a legalidade do processo.
Qual é o procedimento correto para casamentos religiosos?
Para evitar cair em esquemas como o descrito, o presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, Gustavo Fiscarelli, esclarece: “não existe casamento que tenha efeito civil no Brasil que não passe pelo registro em um cartório. Essa é a máxima”. Fiscarelli também ressalta que os golpistas utilizam o nome do cartório para enganar os cidadãos e que o cargo de “juiz de paz eclesiástico” não é reconhecido pela lei.
O golpe causou perdas financeiras além do impacto emocional ao casal que ainda não definiu uma nova data para a oficializar a união. “Quero acordar desse pesadelo, acordar e achar que foi uma mentira. Mas, infelizmente, não tem como”, desabafa Paloma.
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